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27/03/2024 - Países chegam a um (raro) consenso sobres regras de segurança para IA

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou (com o notável apoio da China) uma resolução promovendo o desenvolvimento seguro da IA no mundo. Ela não é vinculativa, mas simboliza a preocupação global cada vez mais intensa sobre os potenciais riscos da tecnologia em expansão.

A resolução foi patrocinada pelos Estados Unidos, que trabalharam por meses na redação para obter o apoio da China, Rússia, Cuba e outros países menos amigáveis a suas propostas. EUA e China são considerados os maiores desenvolvedores mundiais de inteligência artificial, e a rivalidade exacerbou as tensões entre os dois países.

"Em um momento no qual o mundo é visto como pouco afeito a acordos, talvez o aspecto mais radical desta resolução seja o amplo consenso forjado em nome do avanço do progresso", disse a embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, em discurso na assembleia antes da votação.

A nova resolução "reafirma" várias declarações passadas da ONU sobre o assunto, incluindo um acordo entre os países membros, de 2015, para trabalharem juntos em direção a 17 objetivos de desenvolvimento responsável até 2030. Mas os países mais ativos no desenvolvimento da IA se desviaram desses compromissos.

Assembleia Geral das Nações Unidas (Crédito: Evan Schneider/ ONU)

 

A resolução visa os sistemas de inteligência artificial não militares. Ela estabelece diretrizes para garantir que os sistemas de IA, em todas as etapas de desenvolvimento e implantação, sejam "centrados no ser humano, confiáveis, explicáveis, éticos, inclusivos; em pleno respeito, promoção e proteção dos direitos humanos e do direito internacional, preservando a privacidade, orientados para o desenvolvimento sustentável e responsáveis."

A iniciativa também representa a primeira vez que foi feito um esforço para incluir as vozes dos países do Sul Global nas discussões sobre padrões internacionais globais de segurança.


SOBRE O AUTOR

Mark Sullivan é redator sênior da Fast Company e escreve sobre tecnologia emergente, política, inteligência artificial, grandes empresas de tecnologia e desinformação. Seus trabalhos já foram publicados em grandes veículos como Wired, Al Jazeera, CNN, ABC News e CNET, entre outros.

 
26/03/2024 - Este é o arrependimento mais comum na carreira, mas dá para superá-lo

Dar um salto no escuro é assustador, mas se manter na zona de conforto é uma escolha com mais chances de resultar em arrependimento ao longo do tempo, especialmente no trabalho.

De acordo com uma pesquisa recente realizada pela Resume Now, dois terços dos trabalhadores relatam ter arrependimentos relacionados à carreira, sendo que no topo da lista estão os remorsos relacionados a ações não tomadas.

Seis em cada 10 se arrependem de não ter pedido aumento de salário, 59% se arrependem de não ter priorizado o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, 58% se arrependem de ter ficado muito tempo em um emprego e 40% se arrependem de não ter mudado de carreira.

"As pessoas que desistiram de trocar o certo pelo incerto – ficando em um emprego insatisfatório ou não pedindo aumento – se arrependem mais do que aquelas que agiram e trabalharam para mudar sua situação para melhor", diz Heather O'Neil, especialista em carreira do Resume Now.

Crédito: Freepik

De acordo com a pesquisa, os arrependimentos tendem a aumentar conforme a carreira avança e diminuem perto da aposentadoria. Enquanto 61% dos entrevistados da geração Z se arrependem da carreira, essa proporção sobe para 70% entre os millennials e a geração X, caindo para apenas 52% entre os baby boomers.

Aqueles que estão no auge de suas carreiras parecem estar mais culpados por suas decisões "ruins", enquanto aqueles que estão se aproximando ou já estão na aposentadoria têm uma atitude mais do tipo "o que está feito, está feito" em relação à vida profissional", diz O'Neil.

O CAMINHO NÃO PERCORRIDO

Os dados destacam várias falácias sobre a natureza humana que nos levam a optar pela opção mais segura ou familiar, mesmo quando existem alternativas melhores. Temos a tendência de superestimar o risco da mudança e subestimar o risco de não mudar.

"É o que chamamos de 'viés do status quo', no qual escolhemos manter o estado atual das coisas, mesmo que as condições não sejam boas", explica O'Neil. "Esse viés pode fazer com que as pessoas relutem em mudar de emprego ou fazer mudanças significativas na vida, porque elas temem o desconhecido."

O ARREPENDIMENTO TENDE A AUMENTAR CONFORME A CARREIRA AVANÇA E DIMINUIR PERTO DA APOSENTADORIA.

Muitos arrependimentos de carreira também são consequência de se sentir confortável demais com uma situação que não é a ideal e de uma aversão ao desconforto temporário que vem com a mudança, aponta a coach de carreira Caroline Castrillon, fundadora da Corporate Escape Artist.

"Resistir às mudanças é uma tendência humana, porque interpretamos as mudanças como um perigo", ela explica. "Para crescer como ser humano e profissional, é preciso sair da zona de conforto. Ou seja: em algum momento, você terá que enfrentar algum desconforto para crescer em sua carreira."

Castrillon acrescenta que os riscos da falta de ação podem estar aumentando. Há menos incentivos ligados à longa permanência do que nas gerações passadas, como plano de aposentadoria ou bônus por tempo de casa. Ao mesmo tempo, estudos mostram que a troca de emprego é, muitas vezes, a maneira mais eficaz de garantir um aumento de salário ou uma promoção.

PASSOS MENORES EM DIREÇÃO A METAS MAIORES  

Em vez de dar um grande salto, Castrillon recomenda começar com passos menores e ir avançando. As pessoas geralmente mantêm o status quo porque se sentem sobrecarregadas pelas possíveis alternativas e não têm clareza para tomar uma decisão com confiança. É por isso que

RESISTIR ÀS MUDANÇAS É UMA TENDÊNCIA HUMANA, PORQUE INTERPRETAMOS AS MUDANÇAS COMO UM PERIGO.

ela recomenda dividir as grandes decisões em etapas menores e passar algum tempo estudando as opções antes de tomar uma decisão. 

"Digamos que você esteja interessado em trabalhar em uma empresa específica. Estabeleça como meta entrar em contato com cinco pessoas dessa empresa e começar a fazer contatos para saber mais sobre a cultura de lá", ela aconselha. "Defina pequenas metas e, quando começar a ver os resultados, você vai começar a ganhar confiança e motivação."

NUNCA É TARDE PARA FAZER UMA MUDANÇA

Quando se trata de fazer mudanças significativas na carreira, muitos são vítimas da ideia do custo de mudar de rota, que nos torna mais relutantes em abandonar decisões nas quais investimos, observa Scott Anthony Barlow, CEO da Happen to Your Career, que ajuda profissionais a mudar de carreira.

DEFINA PEQUENAS METAS E, QUANDO COMEÇAR A VER OS RESULTADOS, VOCÊ VAI COMEÇAR A GANHAR CONFIANÇA E MOTIVAÇÃO.

Ele explica que as pessoas muitas vezes sentem que foram longe demais em uma direção para mudar de rumo, não importa o quão longe elas realmente estejam. "A realidade é que nunca é tarde demais; em questão de meses, a maioria dessas situações pode ser remediada."

Barlow enfatiza que mesmo aqueles que estão buscando uma carreira completamente nova não devem deixar que o tempo e a energia que investiram em outro lugar os impeçam de mudar de rumo. Mudar de direção não significa admitir a derrota ou o fracasso, mas sim reconhecer que as situações, prioridades, pessoas e oportunidades mudam com o tempo.

"A pesquisa é bastante clara", diz Barlow. "Se você estiver frente a frente com a pergunta 'devo ou não tomar essa atitude?', a resposta é quase sempre sim."


SOBRE O AUTOR

Jared Lindzon é jornalista especializado em temas como futuro do trabalho e profissões ligadas a inovação tecnológica.

 
25/03/2024 - Notebooks e celulares começam a chegar às lojas com inteligência artificial. Veja o que eles têm de

Criar uma imagem em poucos segundos com um comando de voz, gerar uma apresentação completa em PowerPoint a partir de dados desorganizados ou ter tradução simultânea durante uma videoconferência. 

São as facilidades que os sistemas de inteligência artificial (IA) generativa já podem entregar, na ponta dos dedos de usuários de celulares e computadores preparados para processar uma enorme quantidade de dados em alta velocidade.

Fabricantes desses dispositivos começam a lançar modelos reforçados, que já são vendidos com sistemas de IA embarcados. O movimento ganha força no Brasil a partir do mês que vem, quando está prevista a chegada de uma série de novos notebooks, tablets e celulares, todos com a promessa de proporcionar as novas experiências da IA aos consumidores. 

A estratégia é peça-chave para as companhias de hardware elevarem as vendas no país, em queda desde o ano passado.

União entre hardware e software

A nova fase de popularização dessa tecnologia combina hardware e software com equipamentos dotados de processadores de última geração e núcleos dedicados a otimizar tarefas de IA. É isso que permite maior velocidade a computadores e smartphones na hora de gerar imagens, vídeos e textos por meio de soluções de IA, como o ChatGPT, da OpenAI, ou o Gemini, do Google

Dados da consultoria Gartner apontam que celulares e laptops com IA generativa devem alcançar 22% dos produtos do gênero vendidos este ano. Para a IDC, até o fim de 2026, 80% dos novos PCs para uso comercial também incluirão chips dedicados a IA. Para os celulares, a previsão da consultoria é de um em cada três lançamentos com aplicativos de IA embarcados até 2027.

Na última semana, essa corrida acelerou ainda mais com a Nvidia anunciando o seu novo chip Blackwell, e a Qualcomm apresentando os processadores Snapdragon 8s, além do 7+ Gen 3. 

Todos são capazes de realizar tarefas como reconhecer fala, criar vídeos tridimensionais e dar suporte a diversos modelos de linguagem desenvolvidos por companhias como Meta, Google e OpenAI com a tecnologia de IA generativa. 

A Dell acaba de lançar no Brasil os modelos de notebooks XPS13 e XPS 16 (na foto), que contam com processador de IA da Intel e placa da Nvidia — Foto: Divulgação

A Dell acaba de lançar no Brasil os modelos de notebooks XPS13 e XPS 16 (na foto), que contam com processador de IA da Intel e placa da Nvidia — Foto: Divulgação

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Isso inclui o recém-anunciado Sora, o aguardado sistema de geração de vídeos da OpenAI que gera filmes realistas de até um minuto a partir de textos descritivos. 

— Todo mundo quer estar nessa onda. Esse movimento começa com os produtos mais premium, mas a expectativa é que, ao longo do ano, essas inovações cheguem a itens intermediários — afirma Reinaldo Sakis, diretor de Pesquisa da IDC para América Latina. 

 

Aplicações em desenvolvimento

Na semana passada, a Apple iniciou as vendas no Brasil do MacBook Air com o chip de inteligência artificial M3, com suporte para que os usuários executem aplicativos como o Microsoft Copilot, assistente virtual inteligente lançado com a atualização do Windows 11 integrando tecnologia da OpenAI; o Adobe Firefly, versão com recursos generativos do Photoshop; e o Canva, plataforma de design gráfico.

Dell também iniciou as vendas nesse segmento com seus modelos XPS 13 e XPS 16. Nicole Benvegnú, gerente de Produtos da Dell Technologies no Brasil, explica que o desenvolvimento de plataformas e funcionalidades da IA está a cargo dos desenvolvedores. E cita como exemplo a criação de imagens com comandos do usuário de laptop ao Copilot: 

— Num primeiro momento, o maior volume de recursos de IA e o melhor desempenho devem estar disponíveis nos equipamentos com configurações mais completas. A incorporação dessas funcionalidades em mais modelos deve ser acelerada conforme o crescimento da demanda. 

Novo MacBook Air, da Apple, conta com chip preparado para processar sistemas de IA — Foto: Divulgação

Novo MacBook Air, da Apple, conta com chip preparado para processar sistemas de IA — Foto: Divulgação

Após anunciar o processador de IA Core Ultra em fevereiro, a Intel prevê o lançamento por aqui, em abril, de diversos laptops mais robustos de marcas como Samsung, Positivo, Acer, Asus, Lenovo, Dell e Multi. A expectativa é que até 2025 sejam vendidos 100 milhões de PCs com inteligência artificial no mundo.

— Estamos em um momento como no início da internet. Teremos ainda muitas novas funções, que hoje nem imaginamos. Por isso, estamos criando um ecossistema com mais de 100 empresas de software — diz Carlos Augusto Buarque, diretor de Marketing da Intel Brasil. 

A Qualcomm, que anunciou no fim do ano passado o processador de IA específico para notebooks Snapdragon Elite, também quer ganhar espaço no Brasil.

Segundo Luiz Tonisi, presidente da empresa para a América Latina, os primeiros modelos de laptop com IA que chegam ao país ainda neste ano vão permitir a geração de imagens processadas nos aparelhos sem a necessidade de estarem conectados na internet, assim como reconhecer a face do usuário, o que já ocorre com os smartphones. 

O áudio terá sistema de cancelamento de ruído, que neutraliza o barulho do ambiente, recurso também presente hoje em celulares. 

MacBook Air, da Apple, com o chip de inteligência artificial M3, já começou a ser vendido no Brasil — Foto: Divulgação

MacBook Air, da Apple, com o chip de inteligência artificial M3, já começou a ser vendido no Brasil — Foto: Divulgação

— O importante é pensar: para que você precisa disso? O que vai fazer? O celular e o notebook serão o seu IA pessoal — diz Tonisi. 

 

‘Hub’ de desenvolvedores

 

Tonisi lembra ainda que a empresa está criando um hub de IA, uma plataforma aberta com mais de 80 modelos para que desenvolvedores criem aplicativos com base na nova tecnologia. Ou seja, a ideia é desenvolver apps de geração de voz, imagem e som com utilidades como tradução automática e geração de voz e imagem para diversos usos. 

— O hub é uma espécie de sistema aberto, de forma a criar um ecossistema com variadas aplicações. Isso é essencial para permitir a IA no dia a dia do consumidor de forma acessível — afirma. 

Outra que acelera os planos é a Samsung, que se associou ao Gemini, tecnologia de IA do Google com a qual a Apple também flerta. Recentemente, a coreana anunciou o S24 com IA. Gustavo Assunção, vice-presidente sênior da empresa no Brasil, diz que os recursos de IA chegarão ainda ao S23, aos dobráveis Z Fold5 e Z Flip5, e ao tablet S9. 

— A IA é o avanço tecnológico mais importante que tivemos em mais de uma década. Além de criar conteúdo, que pode ser imagem, música, texto ou até vídeo, de forma automática e personalizada, a experiência do usuário será aprimorada — empolga-se. 

5G: Conheça os primeiros smartphones vendidos no Brasil aptos à nova rede

Samsung tem o S21 Ultra 5G. Modelo custa a partir de R$ 7.199,10 e é apto à nova frequência do 5G standalone — Foto: Divulgação

iPhone 13 5G da Apple é apto à nova frequência 3,5 GHZ do 5G e tem preço a partir de R$ 6.299 — Foto: Jeenah Moon / Bloomberg

9 fotos 

Samsung tem o Galaxy Z Fold3 5G, a partir de R$ 11,5 mil. Modelo vai funcionar na nova rede 5G standalone — Foto: Divulgação

Modelos da Samsung, Apple, Motorola, Xiaomi e Realme já tem a frequência de 3,5 GHz que suporta a 5G

 

O notebook Book4 da Samsung, cujas vendas globais começaram em fevereiro, chegará em breve ao Brasil, prevê Assunção. Ele conta que o laptop tem mais de 100 fornecedores independentes de softwares de IA: 

— A criação de imagens e vídeos a partir de comandos é uma área em constante evolução. Queremos trabalhar com soluções que vão permitir aos usuários criar curtas, animações e até mesmo vídeos interativos, tudo por meio de comandos simples. Mas estamos empenhados em implementar a IA de uma forma sustentável e ética. 

 

Vídeo é um novo desafio

 

Apesar da popularização de imagens com IA, David Feng, vice-presidente e gerente-geral do segmento comercial da Intel, diz que a geração de vídeos em sistemas com o Sora é algo ainda mais complexo: 

— Os equipamentos precisam de mais capacidade para poder gerar vídeos. Gerar uma imagem leva de 1 a 2 segundos, pois tudo é feito no aparelho, sem a nuvem. No caso da geração de vídeo, ainda é preciso ter a nuvem. Mas em IA tudo é rápido.

 
22/03/2024 - Job ghosting: por que as empresas não dão retorno depois da entrevista de emprego?

Diretamente do mundo dos relacionamentos, o ghosting tornou-se um dos maiores problemas para quem procura emprego no mercado de trabalho atual. O termo vem da palavra ghost, que significa fantasma em inglês, e é frequentemente usado para descrever um tipo de término em que a pessoa desaparece da vida da outra sem explicações.

Já o “job ghosting” se refere à prática de interromper repentinamente toda a comunicação com um candidato, na esperança de que ele perceba que não está mais sendo considerado para o cargo. Isso em vez de o profissional de recursos humanos simplesmente informar que o candidato está fora da disputa, por qualquer motivo que seja.

O que acontece hoje é que o candidato envia seu currículo a uma empresa, é chamado para entrevista e se reúne com cerca de três a seis ou mais pessoas ao longo de vários meses, a depender da posição. Ele fica entusiasmado com a oportunidade, mas esse sentimento vira ansiedade quando há um silêncio ensurdecedor por parte da equipe de contratação. Eles não retornam as ligações, textos, emails e mensagens do LinkedIn. A interrupção repentina na comunicação significa que a pessoa não conseguiu o emprego.

Esse comportamento frio de evitar compartilhar um feedback ou simplesmente dar um retorno ao candidato é desorientador e desanimador. Os profissionais que passam por isso se sentem aproveitados, já que dedicam muito tempo e esforço às entrevistas, provas e dinâmicas, e mantêm certas expectativas em relação ao resultado à medida que avançam no processo. E o pior: sem qualquer crítica construtiva. O candidato fica sem saber o que fez de errado e como melhorar suas habilidades para a próxima oportunidade.

Motivos comuns para o job ghosting

Muitas vezes, os empregadores dão ghosting nos candidatos quando conseguem uma nova pessoa para a vaga, acabam optando por um funcionário interno ou alteram as prioridades devido a mudanças internas, questões financeiras ou à implementação de inteligência artificial. O ghosting também pode ser um sinal de que a organização demonstra práticas de contratação antiéticas ou tem uma cultura empresarial de falta de respeito pelos seus trabalhadores.

Além disso, com o boom das plataformas de contratação e o uso da IA para facilitar o processo de candidatura, os recrutadores e profissionais de recursos humanos são inundados de currículos todos os dias. O grande volume de candidatos pode dificultar o acompanhamento de respostas personalizadas.

Alguns recrutadores, embora bem intencionados, acham difícil rejeitar ou fornecer feedback negativo aos candidatos. Eles ficam desconfortáveis ??ou com medo de dizer que não vão seguir com a pessoa. É fácil se esconder atrás de tecnologias e esperar que o candidato simplesmente se esqueça da vaga. Além disso, a empresa pode não ter políticas fortes sobre como comunicar informações de maneira eficaz aos entrevistados durante todo o processo de contratação.

Também existe um receio de que os recrutadores, gestores de contratação ou representantes de RH possam dizer algo que seja mal interpretado e visto como sexista, racista ou qualquer outra forma de discriminação. Ninguém quer acabar com a sua carreira ou ser “cancelado”, então eles se sentem mais seguros em simplesmente não dizer nada. Depois de pesar os prós e os contras, eles decidem que não vale a pena se arriscar para ter uma conversa que pode ser divulgada pelos candidatos – especialmente os mais jovens, que estão expondo cada vez mais sua vida profissional nas redes sociais.

Do outro lado, os candidatos também podem dar ghosting em um potencial empregador porque receberam outra oferta de emprego, não se sentiram confortáveis ??com os entrevistadores ou procuraram um cargo mais sênior e com salário melhor em outro lugar. Alguns chegam ao ponto de assinar os papéis para começar o trabalho, mas não comparecem na data de início. Eles podem até começar a trabalhar e depois pedir demissão sem renunciar formalmente ou mesmo informar a empresa.

Como recuperar a confiança depois de um job ghosting

É importante observar que isso não aconteceu apenas com você. Não significa que seja uma prática correta, mas pelo menos agora você está ciente de que o problema não é necessariamente seu desempenho ou comportamento. A realidade é que o job ghosting se tornou um procedimento padrão.

Quem sabe, depois que um número suficiente de pessoas reclamarem e compartilharem suas experiências e seu descontentamento, o processo de recrutamento e seleção se tornará mais humano e transparente.

Enquanto isso, tente não levar para o pessoal, porque existem dezenas — senão centenas ou milhares — de currículos que podem ter sido enviados para esta oportunidade.

Mantenha-se otimista ao retomar os processos seletivos. Se você for a uma entrevista se sentindo irritado, ressentido e carregando a bagagem de rejeições anteriores, isso provavelmente será notado.

Os empregadores querem contratar pessoas otimistas, simpáticas e motivadas que tenham as habilidades e experiências necessárias para ter sucesso na função.
Depois de sofrer um job ghosting e não conseguir o emprego que queria, não tem problema em reservar algum tempo para recalibrar. Faça algo positivo para aumentar sua moral. Mantenha sua mente ocupada. Lembre-se de todas as suas qualidades positivas e de todas as suas vitórias anteriores.

Antes de ir para a próxima entrevista, procure saber sobre os processos de contratação da empresa para entender se ela tem reputação de não dar retorno aos candidatos. Se a resposta for sim, você pode escolher desistir do processo ou seguir em frente sabendo que há uma grande probabilidade de que isso também aconteça com você.

*Jack Kelly é colaborador sênior da Forbes USA. Ele é CEO, fundador e recrutador executivo da WeCruitr, uma startup de recrutamento e consultoria de carreira.

 

 
21/03/2024 - Job crafting: entenda por que essa é uma forma de ser feliz no trabalho, segundo professora de Yale

O Dia Internacional da Felicidade é celebrado dia 20 de março e foi criado pela ONU em 2012 para refletir e valorizar a importância da felicidade. Entre diferentes áreas que podem nos trazer alegria na vida está o trabalho, mas, como é possível ser feliz nesta área que nos exige tantas responsabilidades e pressões?

Para a americana Laurie Santos, cientista da felicidade e professora na Yale University, a felicidade do trabalho é algo possível de ser conquistado, principalmente por meio do "job crafting", ou "elaboração do trabalho", que segundo artigo no Harvard Business Review, trata-se de um processo que “reenergiza a vida profissional” por meio de paixões e propósito do funcionário. É uma forma de adequar o trabalho ao jeito e gosto do profissional, dentro dos limites que a empresa dá; e para isso há três caminhos:

  • Tarefa: é possível assumir mais ou menos trabalho ou mudar o jeito como elas são realizadas, como assumir novos projetos mais atrativos ou usar IA para ganhar mais tempo;
  • Relacionamentos: é possível estender ou mudar relações com profissionais de outra área ou de níveis diferentes, sendo possível trocar ideias, expandir rede de contatos e até fazer mentorias;
  • Cognitivo: desempenhar atividades que estejam alinhadas com o seu propósito, como trabalhar em uma empresa privada que realiza ações sociais que atendem uma causa pessoal.

Em entrevista exclusiva à EXAME, Laurie Santos compartilha essa e outras dicas para você ser feliz enquanto constrói sua carreira:

Por que você decidiu estudar a ciência da felicidade? 

Comecei a estudar a ciência da felicidade quando assumi um novo papel na Yale University - me tornei chefe de Colégio no campus. Neste novo papel, pude ver a vida estudantil de perto e me preocupei muito quando vi um aumento de crise de saúde mental entre os estudantes. Foi aí que pensei em desenvolver um novo curso que pudesse ajudar os alunos a aprender estratégias para proteger seu bem-estar.

É possível ser feliz no trabalho? Se sim, como?

Sim, é possível. Pesquisas mostram que existem estratégias que podemos usar para nos sentir mais felizes no trabalho. Um dos caminhos mais importantes para a felicidade no trabalho é por meio da conexão social. Pesquisas de Jan Emmanuel de Neve, em Oxford, mostraram que ter um melhor amigo no trabalho ajuda nesse desafio, porque traz equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Outro trabalho de Amy Wrzesniewski mostrou que as pessoas são mais felizes no trabalho quando fazem ‘job crafting’ — quando encontram maneiras de perseguir seus valores por meio do seu trabalho. Este trabalho mostra que existem estratégias que podemos usar para nos sentir mais felizes no ambiente corporativo.

 

Quais dicas você tem para funcionários que procuram encontrar felicidade no trabalho?

A pesquisa sobre 'job crafting' mostra que as pessoas precisam separar tempo para a conexão social no trabalho. Eu sugeriria que os funcionários tirem um tempo para conhecer as pessoas no escritório; tente se socializar mesmo que esteja trabalhando remotamente. O simples ato de perguntar a um colega de trabalho sobre o fim de semana deles pode ajudar a formar esses laços. Eu também sugeriria que os funcionários aprendam sobre a prática de ‘job crafting’ e encontrem maneiras de adicionar mais de seus valores ao trabalho que fazem.

Quais dicas você dá para empreendedores que procuram ter uma empresa produtiva com funcionários satisfeitos?

Pesquisas da Indeed mostram que as empresas ganham mais dinheiro se tiverem trabalhadores mais felizes. Acho que essa descoberta mostra que os empreendedores devem focar em melhorar a felicidade de seus funcionários se quiserem ter um negócio lucrativo.

Por:

Layane Serrano

Repórter

Formada em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Com experiência em comunicação corporativa, produção de TV e redação, ajudou na estreia da CNN no Brasil e atualmente escreve sobre Carreira e Negócio na Exame

 
20/03/2024 - 4 passos para estabelecer limites na vida pessoal e profissional

Quando foi a última vez que você negou ajuda a algum colega por estar muito ocupado? E quanto aos pedidos do seu chefe? Se você tem dificuldade para estabelecer limites, saiba que não está sozinho. 

"Não" pode até ser uma palavra curta, mas é difícil de dizer porque não temos bons referenciais, diz a autora, palestrante e coach executiva Stella Grizont.

"Dizer não pode ser assustador para muita gente, porque você não sabe como a outra pessoa vai reagir. Em um contexto de trabalho, pode até haver uma dinâmica de poder. Isso implica um certo grau de risco."

Mas dizer "não" à maioria das solicitações não é uma ameaça. Tornar-se bom em estabelecer limites implica reconectar seu cérebro. E o primeiro passo é entender o que é um limite.

"Limite é um acordo que você tem consigo mesmo, para que possa ser quem você é e lidar com os outros com mais facilidade", diz Grizont. "É um acordo porque há partes conflitantes de você que precisam se unir para chegar a uma solução."

Como?

1. Tenha clareza sobre suas prioridades

Os limites têm menos a ver com dizer "não" e mais a ver com dizer "sim" ao que realmente importa. Para dizer "sim", primeiro você precisa ter clareza sobre o que é mais importante. Você quer passar mais tempo com sua família ou focar em progredir na carreira? O que você quer cultivar e o que quer deixar de lado?

"Em vez de pensar: 'queria proibir essa pessoa de me enviar e-mails tarde da noite', o importante é manter em mente a imagem de quem você quer ser e que atitudes vão sustentar essa postura", diz ela.

2. Comece com microdoses

Depois que você souber o que é mais importante e compreender que um limite é um acordo consigo mesmo, é hora de praticar. Comece com pequenas doses. Um bom primeiro passo é adiar um "sim".

Em vez de responder a um pedido imediatamente, responda com: "obrigado por pensar em mim. Pode me dar um dia para entrar em contato com você?".

"Você não está dando um 'não'. Está dizendo: 'dê-me um tempo'. Nesse tempo, pode fazer uma escolha consciente, em vez de dar uma resposta automática", diz Grizont.

OS LIMITES TÊM MENOS A VER COM DIZER "NÃO" E MAIS A VER COM DIZER "SIM" AO QUE REALMENTE IMPORTA.

Outra maneira de "microdosar" limites é fazendo perguntas. Por exemplo, você pode perguntar: "me fale mais sobre esse projeto. O que está determinando esse cronograma? Por que você acha que eu sou uma boa opção para esse trabalho? Quem mais você pensou em convidar para participar desse grupo?".

"Ao fazer mais perguntas, você pode descobrir que, na verdade, o assunto não é tão importante ou urgente, ou que outra pessoa poderia resolvê-lo. Isso começará a lhe dar mais informações. Aos poucos, vai lhe proporcionar mais coragem e a validação de que suas necessidades são importantes e devem ser respeitadas."

3. Pegue confiança emprestada

Grizont diz que ajuda pegar emprestada a confiança de outra pessoa quando é mais difícil estabelecer um limite. "Procure alguém com quem você tenha um bom relacionamento. Conte a essa pessoa o que você está enfrentando e pergunte: 'você pode me ajudar a lidar com isso?'."

4. Modifique seu ambiente

Proteger os limites também pode significar sistematizar processos e perguntar a si mesmo: "será que existe algo que eu possa mudar para proteger meu tempo e minha energia?" Talvez seja preciso reservar um tempo em sua agenda para evitar interrupções. 

Pode ser necessário mudar seu ambiente físico para realizar um trabalho focado – como ir para outra sala ou usar fones de ouvido. "Analise sua lista de mudanças e encontre a mais fácil, aquela que lhe pareça mais segura para fazer", recomenda Grizont.

LIMITE É UM ACORDO QUE VOCÊ TEM CONSIGO MESMO, PARA QUE POSSA SER QUEM VOCÊ É E LIDAR COM OS OUTROS COM MAIS FACILIDADE.

Em seguida, observe como você se sente ao implementar seu limite. Vá observando o feedback à medida que você pratica. Quando chegar a uma situação que pareça desconfortável, lembre-se de que ela não é desconfortável porque está errada. 

"Quando você começa a normalizar o desconforto e normaliza a prática de dizer não e tudo o que ganha com isso, você aprende que o desconforto, na verdade, está te ajudando a se tornar a pessoa você quer ser", diz ela.

Os limites são mais para você do que para os outros. "O [psicólogo] Daryl Bem disse que nossos comportamentos tendem a seguir as conclusões que tiramos sobre nós mesmos", diz Grizont. 

"Se tiver em mente: 'sou o tipo de pessoa que faz boas escolhas em relação ao meu próprio bem-estar', isso vai fazer você se lembrar de quem você é. Às vezes, o limite interno tem a ver com os pensamentos que nos permitimos ter."


SOBRE A AUTORA

Stephanie Vozza escreve sobre produtividade e carreira na Fast Company.

 
19/03/2024 - OpenAI anuncia Sora, ferramenta que transforma texto em vídeos impressionantes

A OpenAI publicou uma demonstração de um vídeo de um minuto a partir do trabalho de um nova ferramenta, a Sora, em uma postagem de blog. O vídeo é gerado a partir de prompts de texto. E é impressionante. O resultado pode causar arrepios nos atores (nenhum deles esteve envolvido na criação do clipe).

O sistema de IA é treinado em milhões de imagens de vídeo rotuladas para criar imagens com base nas descrições dos usuários.

A OpenAI disse ao jornal New York Times que está aplicando marcas d'água aos vídeos criados pelo Sora, mas reconhece que as marcas d'água podem ser removidas. A OpenAI e sua apoiadora, a Microsoft, estão envolvidas em um consórcio de padrões chamado C2PA, desenvolvedora de um método de incorporação criptográfica de informações de procedência no código do conteúdo gerado por IA.

A empresa diz que ainda não está liberando Sora para o público, em parte porque deseja obter feedback de acadêmicos e outros pesquisadores sobre como a ferramenta pode ser usada de forma tóxica ou enganosa, para minimizar os riscos.

Em uma postagem no blog, a OpenAI afirma que está lançando a pesquisa - e não liberando a ferramenta - "para dar ao público uma noção de quais recursos de IA estão no horizonte".

Com sorte, a qualidade surpreendente do resultado do Sora pode dar aos legisladores mais um empurrãozinho para impor restrições de uso e requisitos de rotulagem ao conteúdo gerado por IA - antes que seja tarde demais.


SOBRE O AUTOR

Mark Sullivan é redator sênior da Fast Company e escreve sobre tecnologia emergente, política, inteligência artificial, grandes empresas de tecnologia e desinformação. Seus trabalhos já foram publicados em grandes veículos como Wired, Al Jazeera, CNN, ABC News e CNET, entre outros.

 
15/03/2024 - Declaração MEI 2024: veja prazos, como fazer e qual é o limite de faturamento

A Receita Federal já liberou a entrega da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI) em 2024 para microempreendedores individuaisO preenchimento do documento é obrigatório para todos os MEIs sob risco de multas. 

Abaixo, temos um manual com todas as informações necessárias sobre a declaração anual, incluindo prazo, passo a passo para envio, limite de faturamento e quais são os problemas de não enviar o documento.

O que é a Declaração do MEI?

Entregue à Receita Federal, a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI) é o documento por meio do qual o MEI informa o faturamento do ano anterior e se tiveram algum funcionário no período. Os empreendededores devem declarar os recebimentos relativo à atividade exercida, independentemente do meio — incluindo máquina de cartão de crédito, dinheiro físico, Pix etc.

 

Qual é o limite de faturamento do MEI em 2024?

O limite de faturamento atual para o microempreendedor individual é de R$ 81 mil. Caso tenha ultrapassado o valor, o empreendedor poderá preencher a Declaração Anual de Faturamento (DASN) informando o total recebido pela empresa. O sistema gera um boleto com os impostos devidos calculados a depender da quantia ultrapassada. 

O valor devido é calculado da seguinte maneira: 

Se o negócio teve receita anual até 20% superior ao limite (no máximo R$ 97,2 mil) o cálculo deverá ser feito sobre o valor excedido. 

Faturamento anual de R$ 97.200,00

Setor Alíquota Simples Nacional Valor a pagar
Comércio 4% R$ 648
Indústria 4,5% R$ 729
Serviço 6% R$ 972
 

 

Caso o faturamento tenha sido ultrapassado em mais de 20%, o cálculo incidirá sobre o total da receita. Veja o exemplo de um faturamento anual de R$ 100 mil. 

Faturamento anual de R$ 100 mil

Setor Alíquota Simples Nacional Valor a pagar
Comércio 4% R$ 4 mil
Indústria 4,5% R$ 4,5 mil
Serviço 6% R$ 6 mil
 

 

Qual é o prazo para entregar a Declaração do MEI?

A DASN-SIMEI deve ser entregue até o dia 31 de maio de 2024. 

 

Quais são os tipos de declaração do MEI?

São duas opções: 

A "Situação Normal" é válida para quando o CNPJ continua ativo e o MEI declara as receitas do ano anterior no prazo. A categoria também abrange empresários que tenham sido desenquadrados da categoria de microempreendedor individual, mas cujo CNPJ continua ativo. 

A formulário de "Situação Especial" deve ser preenchido quando houve baixa do MEI. Caso o empreendedor esteja ativo e escolha essa opção incorretamente, só conseguirá retificá-la no início do ano seguinte. O CNPJ continuará ativo. 

 

Como fazer a declaração anual do MEI (DASN-SIMEI) em 2024?

Página da declaração anual do MEI (DASN-SIMEI) em 2024 — Foto: Reprodução

Página da declaração anual do MEI (DASN-SIMEI) em 2024 — Foto: Reprodução

 

  • Acesse a página do Simples Nacional no site da Receita Federal;
  • Informe seu CNPJ;
  • Marque o ano da declaração (2023);
  • Informe o valor da Receita Bruta Total. MEIs que possuem ocupações ligadas a comércio, indústria, serviço de transporte intermunicipal e interestadual e/ou fornecimento de refeições (sujeitas ao recolhimento de ICMS) devem informar o valor da Receita Bruta Total (vendas) obtida no ano com essas ocupações. No caso de prestação de serviços (sujeitas ao recolhimento de ISS), é necessário informar o valor da Receita Bruta Total (prestações de serviços) obtida no ano com essas ocupações;
  • Indique a quantidade de funcionários no ano;
  • Verifique as informações;
  • Conclua o processo.

 

É possível fazer a declaração dos anos anteriores?

Sim. Pela página do envio da declaração, é possível entregar também os documentos relativos a anos anteriors. Para fazer a declaração do ano vigente, o empreendedor não pode ter pendências. 

 

O que acontece com o MEI se não entregar a DASN-SIMEI?

O MEI que não enviar sua declaração anual paga uma multa com valor mínimo de R$ 50. O boleto é gerado no momento em que a declaração atrasada for preenchida. Se o empreendedor efetuar o pagamento dentro de 30 dias, há um desconto de 50%, reduzindo o valor para R$ 25. 

Caso a declaração não seja entregue até 90 dias após o prazo final (31 de maio), o CNPJ será considerado inapto. 

Conforme informações do site do Simples Nacional, nessa situação, as dívidas são transferidas para o nome do microempreendedor, resultando em status negativo para o Cadastro de Pessoa Física (CPF). 

 

 
14/03/2024 - Como ficam os aumentos e promoções com o “RH estratégico”?

Já ouviu a expressão “de médico e louco, todo mundo tem um pouco”? Pois é… eu incluiria nesse ditado mais um atributo porque posso afirmar que, na verdade, de médico, louco e especialista de remuneração, todo mundo tem alguma coisa!


Hoje, basta abrir a internet para ter acesso a referências de remuneração para quaisquer tipos de cargos. Isso faz com que as pessoas estabeleçam expectativas para seus próprios pacotes. Mas essas referências podem não trazer nenhum tipo de análise envolvendo a abrangência de atuação do profissional, o perfil de negócio, tipo de governança, porte e rentabilidade que devem ser considerados para equalizar as referências e determinar o salário mais adequado ao cargo dentro de uma empresa. 


Além dessa abundância de dados disponíveis, as pessoas fazem comparação salarial entre colegas de trabalho, têm sua própria autopercepção sobre a evolução na execução das atividades, sobre o sucesso alcançado em projetos entregues e também consideram o tempo de permanência nas empresas, o que gera certo nível de ansiedade por reconhecimento financeiro.

Para resolver essa demanda, bastaria prever eventos de correção salarial para todos no orçamento anual! Além, é claro, de programar promoções de cargos a cada dois anos. Ops… hoje em dia a expectativa é de se ter pelo menos uma promoção anual! 

Seria muito simples seguir essa lógica tão fluida e natural da progressão de todos, não fosse a necessidade de respeitar um patamar de custo de pessoal saudável e uma estrutura organizacional coerente. Gosto sempre de lembrar que, se todos fossem promovidos anualmente, em pouco tempo a empresa só teria diretorias. E é para isso que servem os sistemas de pontuação e pesagem de cargos, que trazem respaldo metodológico para a definição dos pesos das funções. 

Com o tempo, deixamos de pensar as estruturas de cargos de acordo com a complexidade dos processos corporativos e passamos a defini-los a partir das necessidades das pessoas. Já faz tempo que profissionais que recebem ofertas salariais mais vantajosas financeiramente para mudarem de emprego passam à frente nas prioridades de reajustes salariais, numa tentativa de as empresas evitarem o turnover a qualquer custo, mesmo que a performance da pessoa não justifique o investimento adicional e que desestabilize toda a coerência interna da remuneração. 

Em uma discussão recente sobre as mudanças corporativas que temos acompanhado, acabei refletindo sobre a transformação da área de “RH” para a área de “People”, que trouxe um viés muito mais humanizado e individualizado para as pessoas, entendendo-as como seres únicos, integrais e que possuem necessidades a serem supridas pela empresa em troca do seu trabalho.

Mas com essa mudança de contexto, a área de Remuneração precisa se desdobrar para conseguir justificar aos próprios pares a lógica que mantém a coerência dos pacotes de remuneração entre diferentes áreas e níveis de cargos. É como se esse processo que materializa o valor do trabalho andasse na contramão de toda uma engrenagem que se formou ao redor da felicidade do empregado. A equipe de Remuneração é percebida como uma espécie de “fogo amigo”, que atrapalha a execução dos planos de atração, retenção e engajamento.

Mas essa mudança tão radical de foco pode ter consequências perigosas quando não são considerados aspectos que garantem a sustentabilidade do custo de pessoal… Estão aí os layoffs para nos mostrarem potenciais impactos bastante negativos.

Os times dedicados a essa matéria são frequentemente pequenos e passados, sem autonomia para voto e veto. Muitas vezes não têm verba para investir em instrumentos adequados para as análises (há exceções, é claro!). E no meio desse contexto, a força da demanda que chega através dos líderes e do próprio time de RH acaba por restringir a contribuição desse processo tão crítico e estratégico para os negócios. Como se só um aumento salarial pudesse salvar um vínculo já quebrado por outras razões de gestão.


E aí vale uma reflexão, um tanto quanto polêmica, sobre o que a empresa quer considerar nesse chapéu de “People”. Será que a natureza dos processos de Remuneração se afastou tanto dos demais subsistemas da área que passaram a divergir entre si? Se a resposta for sim, é importante resgatar a sincronia da oferta de valor oferecida ao profissional, sem esquecer que existe uma lógica financeira que sustenta todo o investimento em pessoas e uma inteligência por trás da valoração de cada posição. Ou talvez uma solução menos óbvia fosse repensar onde alocar o time para melhor aproveitar seu valor agregado.

Nem só de aumento salarial vive um funcionário feliz.

Fernanda Abilel é professora na FGV e sócia-fundadora da How2Pay, consultoria focada no desenho de estratégias de remuneração.

 
13/03/2024 - A sinfonia da inovação: como um empreendedor brasileiro está revolucionando a música com IA

Uma das melhores partes do meu trabalho como diretor de inteligência artificial aqui na EXAME é poder conversar com brasileiros visionários, pioneiros na criação de soluções de IA dentro de suas áreas de atuação. Dessa vez conheci o Geraldo Ramos, fundador da Music.AI.

Pontualmente, Geraldo apareceu na tela, falando diretamente de Salt Lake City, emanando simpatia e entusiasmo. Depois das cordialidades iniciais, pedi que ele me contasse um pouco sobre sua história. Com um sorriso no rosto, Geraldo começou a narrar sua jornada, desde os primeiros contatos com computadores ainda na infância, graças à influência de sua mãe, uma engenheira civil que migrou para a área de computação nos anos 1990.

Geraldo compartilhou suas experiências como o "sobrinho que faz sites" na adolescência, sua primeira empresa aos 16 anos, as conexões com os Estados Unidos desde cedo, a venda de sua empresa de hospedagem, a mudança para os EUA, o casamento com uma americana que acelerou seu processo de imigração, até chegar à fundação da Music.AI.

Fascinado, ouvi Geraldo explicar como a Music.AI tem revolucionado a indústria musical, oferecendo ferramentas inovadoras para músicos e produtores no mundo inteiro. Com cerca de 90 colaboradores, a maioria baseada no Brasil, a empresa já levantou impressionantes US$ 10 milhões em investimentos.

Mergulhamos então em uma discussão instigante sobre o futuro da música. Geraldo compartilhou sua visão de como a inteligência artificial pode se tornar uma poderosa aliada no processo criativo, ao invés de uma ameaça. Ele ressaltou o potencial das ferramentas da Music.AI para impulsionar a produtividade e expandir as possibilidades criativas dos profissionais da música.

Nossa conversa fluiu de forma leve e envolvente, pontuada por demonstrações ao vivo das tecnologias da Music.AI. Geraldo mostrou, com entusiasmo contagiante, como a plataforma permite manipular elementos de uma música, gerar arranjos, criar modelos de voz sintéticos e muito mais.

Durante nossa conversa, ficou claro que a história de Geraldo e da Music.AI é um testemunho do imenso potencial dos empreendedores brasileiros. Seu sucesso é uma prova de que, com paixão, dedicação e inovação, podemos não apenas competir globalmente, mas liderar a transformação de setores inteiros.

Espero sinceramente que a trajetória de Geraldo sirva de inspiração para mais brasileiros seguirem esse caminho, abraçando a inovação e a tecnologia como ferramentas para moldar o futuro. Uma das minhas missões como Chief Artificial Intelligence Officer da EXAME é dar visibilidade às empresas brasileiras mais inovadoras e ajudá-las a se tornarem pioneiras no uso de inteligência artificial em suas áreas de atuação.

Se você é um líder empresarial com uma visão inovadora e deseja explorar o potencial transformador da IA em seu setor, vamos conversar. Juntos podemos colocar o Brasil na vanguarda da revolução tecnológica, celebrando e apoiando visionários como Geraldo Ramos, que estão redefinindo as fronteiras do possível.

Afinal, cada história de sucesso como a da Music.AI não apenas nos enche de orgulho, mas também nos mostra que o futuro é brilhante para aqueles que têm a coragem de perseguir seus sonhos e abraçar a inovação. Podemos construir um ecossistema empresarial mais dinâmico, criativo e preparado para os desafios e oportunidades da era digital.

Ao final de nossa conversa, eu estava não apenas impressionado com as realizações de Geraldo e da Music.AI, mas também inspirado por sua visão otimista do futuro. Ficou claro para mim que, com empreendedores como Geraldo à frente, a interseção entre tecnologia e criatividade tem um futuro brilhante pela frente.

 

 
 
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