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06/03/2025 - Legado e inovação: o poder da experiência 50+ no futuro do trabalho

A transformação que vivemos nas empresas brasileiras tem sido impulsionada por duas forças que, à primeira vista, podem parecer antagônicas: a evolução tecnológica acelerada e a necessidade de preservar o conhecimento acumulado pelos profissionais 50+.

Como especialista no mercado 50+ à frente da Maturi há 10 anos, tenho acompanhado de perto como a saída dos colaboradores seniores – em meio a um cenário de aposentadorias em ritmo acelerado – vem afetando a capacidade de inovação e a continuidade dos negócios.

De acordo com um relatório da Gartner, estamos diante de uma verdadeira “crise de oferta de expertise”: em 2025, a maior proporção da força de trabalho já registrada atingirá a idade de aposentadoria nos EUA, drenando as organizações de funcionários que, com anos de vivência e aprendizado, são pilares na transmissão do conhecimento institucional.

A tecnologia, por sua vez, vem substituindo muitas tarefas que antes serviam como ponto de partida para o aprendizado prático dos novatos, intensificando ainda mais o gap de conhecimento entre gerações. Por aqui, temos visto cada vez mais as empresas citarem a falta de mão de obra qualificada como empecilho para crescer, bem como a crise do alto turnover em diversos setores. 

 

O problema

  • Enquanto os profissionais mais experientes deixam as empresas, a tecnologia – especialmente a IA – tem assumido diversas funções que antes eram essenciais para o desenvolvimento inicial dos colaboradores juniores.
  • Isso significa que os novos talentos muitas vezes não têm a oportunidade de aprender na prática, pois atividades rotineiras e de suporte, antes executadas por eles, agora são automatizadas.

O impacto

  • Com menos profissionais 50+ disponíveis para treinar a próxima geração, as empresas correm o risco de não formar novos especialistas na velocidade necessária.
  • A pesquisa da Gartner, realizada em maio de 2024, mostrou que seis em cada 10 colaboradores não recebem o coachingnecessário para sustentar suas habilidades principais, o que compromete a capacidade de inovar e manter a competitividade.
  • Esse vácuo de expertise prejudica tanto a produtividade quanto a capacidade de adaptação da organização em um mercado em rápida evolução.

A oportunidade

  • As empresas podem mitigar essa perda de conhecimento ao adotar programas de mentoria e de “apprenticeship”, que promovem a troca de experiências e asseguram a formação de novos especialistas.
  • O uso de ferramentas de inteligência coletiva, como sistemas de gestão do conhecimento, possibilita mapear as áreas mais afetadas pelas aposentadorias e documentar práticas valiosas que não podem se perder.
  • Investir em benefícios e políticas que apoiem a força de trabalho sênior, como por exemplo apoio para quem está passando pela menopausa e investimento em lifelong learning, entre outros. Lá fora, até a licença para avós (grandparent leave) já é uma realidade crescente, e mostra um comprometimento em manter profissionais maduros ativos e motivados. Ao mesmo tempo, reconhece a realidade familiar de quem precisa conciliar trabalho com cuidados aos netos. No Brasil é muito comum a geração sanduíche, de mulheres maduras que cuidam de pais idosos e filhos adolescentes ao mesmo tempo.

 

A INTEGRAÇÃO ENTRE TECNOLOGIA E TALENTO HUMANO

O cenário de aceleração tecnológica abre inúmeras oportunidades, mas também pode reduzir os momentos de aprendizado prático dos novatos. Ferramentas de IA podem e devem ser usadas de forma estratégica para ampliar a inteligência coletiva, permitindo que o conhecimento flua entre diferentes níveis hierárquicos.

Ao mesmo tempo, é crucial criar espaços e processos para o contato humano, nos quais profissionais 50+ atuem como mentores, garantindo que o know-how acumulado não se perca (gestão do conhecimento).

 

Retenção e transferência de conhecimento dos profissionais 50+

  • Programas de mentoria: permitem que colaboradores mais experientes orientem os mais jovens de forma estruturada, preservando a memória institucional.
  • Microaprendizagens: conteúdos curtos e objetivos, que podem ser criados a partir de soluções digitais, transformando a expertise dos sêniores em conhecimento acessível a toda a organização.
  • Políticas de benefícios familiares: a adoção de iniciativas relacionadas a longevidade pessoal e profissional reforça a ideia de que a experiência do profissional 50+ é valiosa, e de que a empresa entende suas necessidades.
  • Identificação de áreas críticas: o mapeamento das funções ou setores onde há maior risco de aposentadoria iminente ajuda a priorizar a documentação de processos e a formação de sucessores.

 

A FORÇA DO MERCADO 50+

No Brasil, o mercado de trabalho 50+ oferece oportunidades únicas, mas ainda enfrenta desafios como o etarismo e a falta de programas de formação continuada.

Ao reconhecer que esses profissionais trazem não apenas expertise técnica, mas também inteligência emocional e visão estratégica, as empresas podem criar ambientes de trabalho mais inclusivos, diversificados e inovadores.

profissional sênior analisa um  relatório  com cara de dúvida

Quando transformamos a saída dos colaboradores seniores em um processo de legado e aprendizado contínuo, não apenas preservamos a história da organização, mas também impulsionamos uma nova era de competitividade.

Nesse contexto, a licença para avós exemplifica como políticas de RH mais abrangentes podem apoiar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, possibilitando que colaboradores maduros continuem a contribuir com toda a sua experiência, sem abrir mão de suas responsabilidades familiares.

Em resumo, diante da intensificação do gap de expertise e do ritmo acelerado das aposentadorias, cabe aos líderes empresariais adotar uma postura proativa e visionária. Programas de mentoria, sistemas de inteligência coletiva e políticas de suporte à vida familiar são caminhos que podem transformar esse cenário de risco em uma oportunidade de crescimento sustentável.

Afinal, a experiência dos profissionais 50+ é um dos maiores ativos que uma empresa pode ter – e valorizá-la é fundamental para assegurar inovação, resiliência e sucesso em um futuro de constantes mudanças.


SOBRE O AUTOR

Mórris Litvak é fundador e CEO da Maturi, plataforma líder no Brasil para profissionais 50+. Engenheiro de Software pela FIAP, com pós-graduação em Gestão da Inovação Social pelo Amani Institute, é um empreendedor social dedicado a promover a diversidade etária nas empresas. Inspirado pela história de sua avó, passou a estudar longevidade, criando a Maturi para conectar profissionais experientes a empresas inovadoras. Mórris também leciona em cursos de pós-graduação em gerontologia nos Hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, e no curso de Diversidade da Escola de Negócios da Aberje.

 
21/02/2025 - Empresas vão ser cobradas por saúde mental no trabalho a partir de maio

As empresas têm até 26 de maio para criar mecanismos internos que identifiquem e combatam o estresse, assédio e carga mental excessiva no ambiente de trabalho. Essa determinação partiu da atualização da NR-1 (Norma Regulamentadora n.º1), que deixa claro a responsabilidade das empresas em propiciar um lugar seguro para os colaboradores. Com isso, a saúde mental passa a integrar os relatórios de risco ocupacional.

O que está acontecendo

É a primeira vez que a identificação dos riscos psicossociais são incluídos nos critérios da NR-1. Agora, as empresas precisam garantir que os colaboradores não adoeçam devido ao trabalho, assim como já acontece com a saúde física.

Antes, não havia uma exigência explícita para que as empresas fizessem essa avaliação de risco psicológico. Esta nova regra coloca as empresas brasileiras alinhadas às melhores práticas de saúde ocupacional e bem-estar no ambiente de trabalho, avalia Marco Antonio Frabetti, coordenador do curso de Direito da Strong Business School, conveniada com a FGV.

Com isso, a preservação da saúde mental do trabalhador fica no mesmo patamar da saúde física. As empresas ficam responsáveis por garantir um ambiente psíquico saudável, assim como é responsável por garantir a segurança física. "É como a exigência de fornecer EPI (Equipamentos de Proteção Individual) para proteção auricular em ambientes barulhentos. A empresa também precisa evitar que o local de trabalho traga sofrimento para o colaborador", explica Francisco Nogueira, psicólogo, psicanalista e sócio da consultoria Relações Simplificadas.

A medida visa prevenir doenças ocupacionais, afastamentos e ações trabalhistas. Dados do Ministério da Previdência apontam que os transtornos de saúde mental são responsáveis por 38% de todas as licenças do INSS. O custo desses afastamentos para a Previdência Social ultrapassou R$ 12 bilhões nos últimos anos, segundo Frabetti.

As empresas estarão sujeitas a inspeções periódicas. Segundo Frabetti, o descumprimento da norma pode resultar em multas, autuações e até interdição de atividades. Por outro lado, as empresas autuadas poderão apresentar recursos e planos de adaptação.

A fiscalização será feita pelos auditores-fiscais do Trabalho. Eles vão avaliar se as empresas estão empenhadas em identificar e combater os riscos psicossociais.

"As empresas precisam ficar atentas para reduzir os riscos de gerar dano na saúde mental do trabalhador. É uma mudança de visão que vem acontecendo ao longo do tempo e já colocou a Síndrome do Burnout como doença ocupacional."
Francisco Nogueira, psicólogo, psicanalista e sócio da consultoria Relações Simplificadas

 

O que as empresas podem fazer

Avaliar possíveis riscos. Implementar questionários, entrevistas e observações diretas dos trabalhadores para observar onde há riscos psicossociais. A partir disso, é preciso incluir no Programa de Gestão de Riscos os pontos de atenção para evitar situações que afetem a saúde mental dos trabalhadores.

Identificar problemas. Cabe a empresa identificar excesso de carga de trabalho e pressão por metas abusivas, assédio moral e sexual, jornada excessiva, entre outros fatores. Conflitos interpessoais, falta de autonomia e reconhecimento profissional também podem tornar o estresse do trabalho mais intenso e levar ao adoecimento mental.

Criar planos de ação e medidas preventivas, como treinamentos, palestras e apoio psicológico. Para Nogueira, é preciso trabalhar a cultura da equipe para evitar que a competitividade e a autocobrança ultrapassem os limites saudáveis. Se há excesso de trabalho, por exemplo, a saída poderá ser redistribuir as tarefas ou contratar mais funcionários.

"É importante que as empresas estejam atentas aos fatores de segurança psicológica e trabalhem a cultura da empresa para que os trabalhadores se sintam à vontade para dizer o que estão sentindo. Pessoas mais felizes e menos estressadas têm maior produtividade."
Francisco Nogueira, psicólogo, psicanalista e sócio da consultoria Relações Simplificadas

 
20/02/2025 - O futuro do trabalho depende da saúde mental dos profissionais

Como muitas pessoas, cada vez mais sinto que o mundo está acelerado e em constante transformação. Não é apenas uma sensação no competitivo e dinâmico mercado de trabalho – basta considerar que, segundo pesquisas do LinkedIn, 10% dos trabalhadores contratados em 2024 ocupam cargos que não existiam nos anos 2000 e 87% dos brasileiros estão se sentindo sobrecarregados com o ritmo das mudanças no ambiente de trabalho.

Nesse cenário, estar pronto para o futuro não é só uma necessidade, mas também um compromisso com o crescimento profissional contínuo. Essas constantes atualizações exigem muito de nós, então como nos preparar para isso sem deixar a saúde mental de lado?

2024 foi um ano de desafios e aprendizados. Profissionalmente, assumi grandes responsabilidades em meio a transformações na indústria de tecnologia. No âmbito pessoal, passei por mudanças intensas, equilibrando a chegada do meu primeiro filho com os cuidados aos meus pais, que enfrentavam desafios de saúde. Ao mesmo tempo, meu próprio bem-estar foi colocado à prova, e precisei passar por uma cirurgia delicada.

Dividir meu tempo entre essas responsabilidades foi exigente e, com o tempo, os sinais de esgotamento emocional se tornaram evidentes. Reconhecê-los não foi fácil mas, com o apoio da minha família, terapia e acompanhamento psiquiátrico, consegui buscar ajuda – um lembrete de que saúde mental e física caminham juntas.

A pressão por alta performance, a necessidade de se manter atualizado e a linha tênue entre vida pessoal e profissional impactam profundamente a saúde. Por isso, a transparência e o diálogo são fundamentais para construir um ambiente de trabalho mais sustentável.

Essa experiência reforçou a importância de cultivar redes de apoio e normalizar conversas sobre o tema. É essa cultura que queremos fortalecer: um espaço onde ninguém precise esconder o que sente por medo de parecer frágil, mas que enxergue a vulnerabilidade e o pedido de ajuda como sinais de força.

 

O PODER DA TRANSPARÊNCIA

Desde cedo, aprendi que me expressar com clareza e ser transparente seria um pilar essencial para construir relações saudáveis e produtivas. No entanto, ao ingressar no ambiente profissional, muitas vezes somos incentivados a deixar as emoções de lado, como se demonstrar cansaço ou pedir ajuda fossem sinais de fraqueza. Em alguns contextos, essa visão ainda persiste, mas a realidade é que esconder o que sentimos tem um custo alto.

A pressão para se encaixar em padrões inalcançáveis de produtividade pode ser esmagadora. O burnout se tornou uma epidemia silenciosa em muitas empresas e ignorar esses sinais pode comprometer não apenas indivíduos, mas equipes inteiras. A transparência emocional e a cultura do acolhimento são essenciais para mudar essa realidade e cuidar da saúde mental dos profissionais.

Na prática, isso pode começar com pequenas mudanças no dia a dia: criar espaços para conversas sem julgamentos, normalizar pedidos de ajuda e incentivar lideranças a dar o exemplo ao reconhecer suas próprias vulnerabilidades.

Equipes que contam com políticas de bem-estar mostram que a saúde mental dos profissionais não é um tabu, mas sim um pilar para o desenvolvimento dos negócios de forma humana.

Hoje em dia, as conversas sobre saúde mental estão ganhando a atenção que merecem. Na plataforma do LinkedIn, por exemplo, vemos cada vez mais profissionais compartilhando experiências sobre burnout, pressão por produtividade e desafios do dia a dia.

A TRANSPARÊNCIA E O DIÁLOGO SÃO FUNDAMENTAIS PARA CONSTRUIR UM AMBIENTE DE TRABALHO MAIS SUSTENTÁVEL.

Esses diálogos são essenciais para que possamos desconstruir barreiras e melhorar a cultura corporativa. O futuro do trabalho será moldado por ambientes que incentivam o equilíbrio, a transparência e o respeito às individualidades.

Embora o futuro ainda traga incertezas, uma coisa é clara: ele será moldado por nossas escolhas de hoje. Por isso, seja autêntico(a), crie conexões significativas e lembre-se de que cuidar de si também é um ato de coragem. Juntos(as), podemos construir um mundo com mais oportunidades, inclusão e bem-estar para todas as pessoas.


SOBRE A AUTORA

Bruna Infurna é head de contas estratégicas do LinkedIn para a América Latina.

 
11/02/2025 - 5 princípios básicos para formar lideranças realmente inspiradoras

Todo líder deixa alguma marca nos corações e nas mentes de sua equipe. Isso pode acontecer de duas formas: os líderes podem deixar um legado de inspiração ou de frustração. Por isso é que há algumas lideranças realmente inspiradoras – mas nem todas.

Com base em milhares de relatos coletados pelo mundo, o psicólogo social e professor de liderança e ética na Columbia Business School Adam Galinsky criou uma fórmula sistêmica para escolher e alcançar o impacto duradouro que lideranças realmente inspiradoras desejam causar nos outros.

A seguir, Galinsky compartilha cinco pontos-chave de seu novo livro, "Inspire: The Universal Path for Leading Yourself and Others" (Inspire: o caminho universal para liderar a si Mesmo e aos outros, em tradução livre).

 

1. As lideranças realmente inspiradoras são compostas por três fatores universais

Líderes inspiradores ou irritantes existem em um contínuo duradouro composto por três fatores. As mesmas características surgem em todas as culturas e países ao redor do mundo:

  • Ser um Visionário, que representa como enxergamos o mundo.
  • Ser um Exemplo de comportamento desejado, que representa como somos no mundo.
  • Ser um Mentor, que representa como interagimos com os outros no mundo.

Podemos inspirar os outros por meio das nossas palavras, ações e interações. Existem três fatores universais, porque cada um deles atende a uma necessidade humana fundamental:

  • Ser Visionário atende à necessidade de sentido e propósito.
  • Ser um Exemplo atende à necessidade de proteção e inspiração.
  • Ser um Mentor atende à necessidade de pertencimento e status.

 

2. Tanto os líderes inspiradores quanto os irritantes causam grande impacto

Geralmente, os líderes tendem a inspirar sua equipe ou a irritá-la profundamente. Isso acontece porque seu comportamento tem grande impacto sobre as outras pessoas.

Quando alguém está em uma posição de liderança, todas as suas palavras e expressões, positivas ou negativas, são amplificadas. Comentários construtivos podem soar como críticas humilhantes quando vêm de um líder. E quando os líderes não respondem às perguntas dos liderados, seu silêncio pode ser ensurdecedor.

O Efeito Amplificação do Líder ocorre porque, quando estamos em uma posição de liderança, todos os olhos estão voltados para nós. Estamos no centro do palco e isso significa que os líderes raramente geram reações neutras.

Também significa que o líder vai causar impacto, quer queira, quer não. Porém, um líder pode ter controle sobre o tipo de impacto que causa. Sempre temos a escolha de inspirar ou irritar.

 

3. Lideranças realmente inspiradoras são formadas com tempo e experiência

Não nascemos como indivíduos inspiradores ou irritantes. Nosso comportamento em determinado momento é que inspira ou irrita. Como existe um conjunto universal e sistemático de atributos inspiradores, essas habilidades podem ser ensinadas, cultivadas e desenvolvidas.

 

4. Pensar como um arquiteto ajuda a inspirar as pessoas

Assim como um arquiteto projeta um prédio para produzir reações específicas nas pessoas e facilitar certas interações, podemos projetar políticas e protocolos para incentivar respostas e comportamentos desejáveis. As políticas e os processos que os líderes estabelecem influenciam as pessoas todos os dias, estimulando algumas ações enquanto desencorajam outras.

 

5. O exercício da reflexão torna o líder mais inspirador

Refletir sobre momentos em que nos sentimos poderosos e no controle nos transforma em exemplos inspiradores: isso nos torna mais autênticos, confiantes, calmos e corajosos. E quando queremos melhorar nossa capacidade de elevar e nos conectar com os outros, podemos refletir sobre suas perspectivas.

Duas reflexões amplas, mas poderosas, podem nos ajudar a ficar mais no lado inspirador do contínuo. Uma vez por mês, reflita sobre quando você foi inspirador e também quando pode ter sido irritante. Quando você enxergou ou deixou de enxergar o panorama geral? Quando empoderou e elevou sua equipe demonstrando empatia pelos outros – ou quando não fez isso?

QUANDO ALGUÉM ESTÁ EM UMA POSIÇÃO DE LIDERANÇA, TODAS AS SUAS PALAVRAS E EXPRESSÕES SÃO AMPLIFICADAS.

Em seguida, pense no exemplo de um líder inspirador da sua própria vida e como você pode se inspirar nessa pessoa para gerar um senso similar de esperança e possibilidade. Além disso, reflita sobre o que faz um líder ser irritante e sobre como evitar fazer com que sua equipe fique de cabeça quente.

Por fim, transforme essas reflexões em prática. Aqui está uma prática diária garantida para inspirar os que estão ao seu redor: todas as manhãs, entre em contato com pelo menos uma pessoa e elogie alguma tarefa que ela fez bem ou agradeça por ela tornar sua vida mais fácil.

Um CEO me disse que leva apenas alguns minutos no início da manhã para alegrar o dia de alguém. Mas o mais incrível é que isso também alegra o dia dele. Suas mensagens recebem respostas efusivas que colocam um sorriso em seu rosto. Seus gestos diários criaram um ciclo virtuoso de inspiração.

Este texto foi publicado originalmente na revista "Next Big Idea Club" e republicado com permissão. Leia o artigo original.


SOBRE O AUTOR

Adam Galinsky é psicólogo social e professor de liderança e ética na Columbia Business School.

 
06/02/2025 - 4 medidas baseadas na ciência para incentivar a formação de lideranças femininas

Décadas de pesquisa têm comprovado que os benefícios das mulheres na liderança são imensuráveis. Elas trazem um estilo de liderança mais aberto a mudanças, que favorece culturas focadas em missões. A presença feminina também melhora a dinâmica das equipes, trazendo mais colaboração e mais inteligência coletiva.

Meta-análises associam as lideranças femininas a um aumento nas vendas. A presença delas no conselho de administração também está diretamente ligada ao desempenho financeiro.

O relatório Women in the Workplace 2024 (Mulheres no Ambiente de Trabalho 2024), da McKinsey e da Lean In, mostra que a representação feminina melhorou em todos os níveis de gestão. Infelizmente, ainda estamos a décadas de alcançar a equidade de gênero. 

Ainda é assim apesar de estudos mostrarem que, apenas na indústria da saúde, por exemplo, haveria um aumento de 22% na riqueza global de capital humano se houvesse uma participação igualitária das mulheres!

A vencedora do primeiro prêmio de liderança feminina na indústria nutracêutica, a diretora global de pesquisa externa da ChromaDex, Yasmeen Nkrumah-Elie, é um exemplo perfeito da liderança transformadora que as mulheres podem oferecer.

Ela foi reconhecida por suas colaborações inovadoras entre a indústria e o meio acadêmico e escolhida pela sua paixão em "avançar na ciência, promover a diversidade e orientar a próxima geração de líderes mulheres".

Nkrumah-Elie liderou o programa de pesquisa colaborativa pioneiro da empresa, que resultou em cerca de US$ 100 milhões em pesquisa financiada por terceiros, com 300 colaborações de pesquisa – incluindo a Universidade Harvard, a Clínica Mayo e o Instituto Nacional do Envelhecimentos dos EUA.

Quando Nkrumah-Elie recebeu seu prêmio, ela aproveitou o momento para celebrar outra pioneira: Chioma Ikonte, a primeira mulher negra a se tornar diretora científica na indústria nutracêutica. Esse tipo de apoio e construção de senso de comunidade também ajuda a resolver um dos maiores desafios que as mulheres enfrentam nos negócios: o acesso limitado a recursos e redes.

 

INTERVENÇÕES COM BASE EM EVIDÊNCIAS

As experiências de Nkrumah-Elie se alinham bastante com as melhores práticas destacadas no relatório da McKinsey, que fez uma pesquisa com 280 empresas, assim como uma meta-análise publicada na revista médica "The Lancet", que revisou 91 estudos em seis continentes.

Esses estudos convergem para quatro intervenções respaldadas pela ciência para promover as mulheres na liderança:

 

1. Processos estruturados para conscientização e engajamento

A responsabilidade intencional da liderança e políticas equitativas são essenciais para o enfrentamento das barreiras sistêmicas. A McKinsey aponta a atenção aos vieses de gênero e lembretes para escapar de preconceitos durante as contratações e avaliações de desempenho como algumas das práticas mais eficazes.

Nkrumah-Elie reflete sobre suas experiências: "entrei na minha entrevista de emprego sendo 100% eu mesma e fui aceita pelo que sou e pelo que acredito, todos os dias em que estive na empresa. É maravilhoso estar em um lugar onde sou celebrada, não apenas tolerada."

 

2. Mentoria e networking para lideranças femininas

A mentoria é fundamental para fomentar lideranças femininas. Os benefícios não são vistos apenas no avanço individual de carreira, mas em toda a empresa, incluindo uma melhor retenção de funcionários, maior engajamento e mais compartilhamento de conhecimento.

Nkrumah-Elie destaca a mentoria como um dos pilares da sua filosofia: "ser mentora é um dos maiores presentes, seja formal ou informalmente."

Créditos: PeopleImages/ Lucas Mongou/ iStock/ Pexels/ pngwing/ Mart Production

 

3. Programas de desenvolvimento de lideranças femininas

Programas eficazes enfrentam as barreiras sistêmicas enquanto constroem as habilidades de liderança das mulheres. Co-desenhar essas iniciativas com as partes interessadas garante que estejam alinhadas com as necessidades corporativas e individuais.

 

4. Ferramentas de apoio

Quando integradas dentro de estratégias mais amplas, as ferramentas de apoio podem identificar e corrigir desigualdades de gênero. Treinar os gestores para apoiar o bem-estar dos funcionários está entre as melhores práticas da McKinsey.

Intervenções, como suporte para a menopausa, com bastante foco em impacto mensurável, também são diferenciais importantes em empresas de alto desempenho.

A ciência é muito clara. Empresas que investem em processos estruturados, mentoria, programas de desenvolvimento de liderança e ferramentas de apoio personalizadas não só estão promovendo a equidade para lideranças femininas, como também estão se posicionando para um desempenho melhor e um crescimento sustentável no longo prazo.


SOBRE O AUTOR

Jeff Chen é cofundador e CEO da healthtech Radicle Science.

 
03/02/2025 - 7 dicas para entrar em estado de flow e turbinar sua produtividade

Sabe aquele estado de consciência em que você fica completamente focado e imerso na tarefa que está fazendo e sente que está atingindo sua performance máxima? Sabe quando tudo ao seu redor desaparece e o tempo parece passar voando? Essa condição, muitas vezes chamada de “estado de flow”, é aquele momento em que seu desempenho mental e físico chega aos níveis mais altos.

Todo mundo já experimentou essa sensação em algum momento. Mas, como trabalhadores, empreendedores e membros de comunidade lidando com o estresse e as pressões do dia a dia, vale a pena aprender a cultivar esse estado de flow de forma mais planejada.

A boa notícia é que é possível treinar a mente para entrar nesse estado quando necessário. Isso é o que defende Steven Kotler, autor do livro The Art of Impossible: A Peak Performance Primer (A Arte do Impossível: Um guia para a Performance de Ponta, em tradução livre).

"O flow é algo universal", ele afirma. "Qualquer pessoa, em qualquer lugar, é capaz de alcançar esse estado, desde que certas condições sejam atendidas... Em vez de ser algo que nos escapa, ele pode se tornar algo que conseguimos repetir."

O estado de flow acontece de uma maneira específica. Mas, como cada pessoa é diferente, o processo nem sempre é o mesmo para todo mundo. Você precisa descobrir o que funciona melhor para você.

 

1. Defina uma perspectiva clara para o futuro

Evite aspirações vagas e estabeleça metas claras e mensuráveis. Pesquisas mostram que escrever suas metas pode aumentar muito suas chances de alcançá-las. Escreva metas de longo prazo, mas também tente pensar de forma mais direcionada, criando marcos pequenos e alcançáveis ao longo do caminho. Ao dividir assim, é mais provável que você mantenha a motivação conforme for alcançando e completando essas etapas.

 

2. Cuide do seu corpo e da sua mente

Sua saúde física e mental precisam estar em um estado bom para alcançar a performance máxima. Para manter seus níveis de energia, você precisa dormir bem todas as noites, se manter hidratado e bem alimentado e ter apoio social regular e interações. Do ponto de vista cognitivo, a ansiedade prejudica muito o desempenho. Então, é importante controlá-la.

 

3. Encontre seus gatilhos de flow

Os “gatilhos” de flow são componentes das experiências que liberam dopamina e/ ou norepinefrina no seu cérebro, o que ajuda a melhorar o foco. Esses gatilhos são pessoais, então você precisa descobrir o que funciona melhor para você.

 

4. Elimine as distrações

Quase todos os dispositivos e softwares que usamos têm a opção de "não perturbe". Use essa função! Depois, defina um limite de tempo para o que você está fazendo. Sua produtividade vai disparar quando você não estiver trocando de tarefa a cada cinco minutos.

Créditos: Freepik/ Pawel Kacperek/ iStock

 

5. Estabeleça limites de tempo

Um cronômetro em contagem regressiva cria uma sensação de urgência. Ter um sistema de controle do tempo também ajuda a gerenciar melhor os recursos de tempo e a manter o projeto no caminho certo. A motivação que isso gera é tão importante quanto evitar a procrastinação.

 

6. Meça os resultados (mas não enquanto estiver trabalhando)

Medir os resultados é importante, mas é igualmente importante fazer isso de uma forma que não interrompa o estado de flow que você está tentando alcançar. Estabeleça uma rotina para não ficar microgerenciando suas metas. Isso pode ser feito com um painel de controle mostrando métricas diárias ou semanais, ou criando checagens regulares com sua equipe para revisar o progresso.

 

7. Lembre de se recompensar pelos seus sucessos

Quando se trata de produtividade pessoal, é bom criar um conjunto de recompensas para você se dar quando completar uma tarefa ou alcançar um marco. O melhor de gerenciar a si mesmo dessa forma é que você sabe o que realmente te motiva.

Por exemplo, talvez você não se sinta motivado por uma recompensa como assistir a um episódio da sua série favorita, mas um jantar com comida japonesa depois de um dia de trabalho pode ser o que te incentiva.

Ao cultivar um estado de flow, você pode alcançar a “felicidade produtiva”: um estado no qual você se sente energizado, motivado e realizado com seu trabalho. E, como bônus, provavelmente será mais bem-sucedido no processo.

“O estado de flow acontece quando estamos nos desafiando, forçando nossas habilidades ao máximo”, diz Kotler. “É um lugar desconfortável de se estar no momento, mas a recompensa é uma satisfação vital mais profunda.”

Com a colaboração de Greg Smith e Jonathan Harrison


SOBRE A AUTORA

Stephanie Vozza escreve sobre produtividade e carreira na Fast Company.

 
28/01/2025 - 8 passos para aplicar o copywriting na sua empresa

A diferença entre um texto que vende e outro que passa despercebido tem nome: copywriting. Trata-se da técnica de escrever mensagens convincentes que levam o potencial consumidor a realizar ações planejadas pela empresa. 

O objetivo desse tipo de escrita é gerar conversões mensuráveis, como vendas de produtos ou serviços, segundo Rafael Terra, professor do curso “Copywriting: Escrita Persuasiva”, da ESPM. “Diferentemente da redação tradicional, ele é direcionado para atos específicos e está intrinsecamente ligado a prazos e campanhas temporais que possibilitam avaliação clara dos resultados.”

Quando bem-feito, ele “pode trazer vantagens, como diferenciação, ajudando a empresa a se posicionar no mercado; conexão emocional, gerando engajamento entre a marca e o público-alvo; e conversão, podendo transformar leitores em clientes”, afirma Afonso Braga, da KC&D, consultoria de gestão empresarial e tecnologia, e professor do Instituto Mauá de Tecnologia.

Importante para a comunicação de negócios de todos os portes, esse tipo de texto foca em um recurso muito importante na comunicação: a persuasão. Para chegar a ela, segundo o psicólogo norte-americano Robert Cialdini, professor de psicologia e marketing da Universidade do Arizona e autor do livro As Armas da Persuasão (Editora Sextante), é preciso reunir características como coerência, autoridade, aprovação social e escassez. 

Visto dessa forma, parece difícil escrever algo que seja convincente e ajude em metas como aumento de vendas ou de captação de leads. Mas Braga e Terra apresentam um passo a passo, com direito a exemplo com e sem copywriting, para auxiliar na jornada de quem quer ou precisa desenvolver uma escrita vendedora. Confira, a seguir, as orientações dos especialistas.

1. Com e sem técnica 

Para evidenciar a diferença entre um texto vendedor e outro sem apelo, Terra, da ESPM, apresenta modelos elaborados com base em uma empresa fictícia. 

O primeiro: “Oferecemos cursos de marketing digital que cobrem SEO, mídias sociais, e-mail marketing e mais. Nossos instrutores são especialistas na área. Inscreva-se hoje”. 

O segundo: “Aproveite a oferta exclusiva por apenas R$ 39! Somente hoje até às 23h59! Inscreva-se no nosso curso de marketing digital e domine SEO, conquiste as redes sociais e crie campanhas e e-mail que realmente convertem. Vagas limitadas – restam apenas 30; garanta a sua antes que acabem! Inscreva-se agora e comece sua jornada rumo ao topo!”. 

O último conta com elementos como senso de urgência, chamada para a ação e demonstração de que há autoridade no assunto – características de um texto vendedor. 

 

2. Público-alvo 

Antes de pegar a caneta ou de teclar a primeira letra, é preciso conhecer quem você quer atingir com aquelas palavras: seu público-alvo. Voltando ao exemplo acima, é alguém que quer aprender marketing digital e almeja crescer com isso, dominando diversas plataformas e recursos. 

Quanto mais informações sobre o possível leitor, melhor. Para isso, vale fazer pesquisas para identificar os desejos, as necessidades, as dores e o comportamento. Eles serão usados no desenvolvimento de personas, ou representações fictícias baseadas em dados reais sobre clientes, incluindo motivações e desafios. 

Com uma definição clara, os esforços de marketing são mais assertivos e eficazes. Os resultados direcionados têm maior possibilidade de proporcionar relacionamentos mais duradouros com o consumidor. 

 

3. Diferenciais 

Definir sua proposta de valor é essencial para destacar seu negócio da concorrência: é tudo aquilo que faz seu produto ou serviço diferente dos demais. Qualidade superior, preço competitivo, investimento em inovação, adesão a pilares ESG (governança corporativa, ambiental e social) e atendimento podem ser alguns deles. 

É hora de voltar à fase anterior para verificar se as características listadas agora ressoam nas personas criadas. Se não, vale fazer ajustes antes de seguir. 

Tenha em mente que uma comunicação eficaz da proposta de valor aumenta a percepção de relevância e cria um apelo emocional com o consumidor, facilitando a tomada de decisão e impulsionando conversões. Assim, se ela for bem definida, tem o potencial de atrair clientes e fortalecer a lealdade à marca. 

 

4. Objetivos e tipo de conteúdo 

Determinar metas claras e mensuráveis para as campanhas de copywriting é o passo seguinte – ainda no exemplo do curso de marketing digital, poderia ser obter 50 matrículas ou captar 300 leads. Junto a isso, considere estabelecer prazos para criar um senso de urgência e facilitar a aferição dos resultados. 

Antes de partir para a criação do conteúdo, identifique onde o público-alvo está presente (blogs, redes sociais, e-mails). Dê especial atenção ao formato de conteúdo que chega melhor a ele, como vídeos, infográficos e textos. 

Agora, sim, chega o momento de elaborar títulos atraentes. Eles precisam capturar a atenção e despertar a curiosidade de quem vai recebê-los. A dica de ouro é utilizar perguntas, números e promessas de benefícios para a tarefa. 

 

5. Uso de persuasão 

Alguns caminhos podem facilitar o desenvolvimento do corpo de texto. Um deles é o uso de histórias (storytelling) para promover a conexão emocional. 

Pensar em identificação com o cliente também ajuda, com o investimento em uma comunicação personalizada e empática, capaz de conectar-se com emoções, necessidades e desejos. Ao perceber que a mensagem compreende sua realidade, ele se sente valorizado, aumentando a probabilidade de realizar uma compra. 

Sempre mostre autoridade no assunto, pois a expertise gera confiança. No caso da empresa de cursos de marketing digital, Terra, da ESPM, consideraria o uso de algo como “aprenda com especialistas que já ajudaram as 500 maiores empresas do Brasil a alcançar o sucesso online”. 

Além disso, foque nos benefícios (não apenas nas características) e adicione depoimentos de clientes satisfeitos, estudos de caso e estatísticas relevantes. Isso mostra que outras pessoas já utilizaram e aprovaram o produto ou serviço. 

 

6. Chamada para ação 

Finalize com uma chamada clara para a ação (do inglês, CTA, call to action), indicando o que deve ser feito a seguir. Frases como “Compre agora”, “inscreva-se aqui” e “saiba mais”, bem destacadas visualmente, orientam sobre o próximo passo e eliminam dúvidas. 

Elementos que dão ideia de urgência e escassez também são estratégia de quem trabalha com copywriting, na medida em que estimulam o consumidor a tomar a iniciativa com rapidez. Prazos restritos, ofertas exclusivas, contagem regressiva e acesso exclusivo (“para os primeiros 50 clientes que se inscreverem”) costumam cumprir essa função. 

Em conjunto, essas estruturas conduzem à conversão, seja em aumento em vendas, seja em ampliação do número de leads captados. 

 

7. Otimização e revisão 

Parece pronto, mas, sem SEO (técnicas para melhorar seu posicionamento nos mecanismos de busca como o Google), o trabalho não será entregue ao destinatário. Por isso, é fundamental incorporar palavras-chave relevantes, da forma mais natural possível. Outro cuidado é assegurar que o texto seja fácil de ler e esteja bem estruturado. 

Fragmentar ou encurtar todas as frases extensas é mais do que uma gentileza ao leitor. Escritos breves, com linguagem clara, sem termos técnicos complicados, são mais eficientes do que os longos, com expressões complexas e inacessíveis. 

Vale ainda ler e reler diversas vezes – nunca é demais. Sempre se pode melhorar a clareza da mensagem e, de quando em quando, eliminar erros gramaticais, que comprometem a credibilidade. 

Especialistas costumam ainda realizar testes A/B. Trata-se de uma técnica de experimentação muito usada em marketing digital que compara duas versões de conteúdo para identificar qual funciona melhor. 

 

8. Análise e transparência 

Taxas de conversão, engajamento e ROI (retorno sobre o investimento) devem ser monitoradas permanentemente. Isso permite ajustar a estratégia com base nos insights obtidos, aprimorando continuamente o texto. 

Para finalizar, os consultores recomendam cautela máxima em relação à transparência na criação. O copywriting sempre deve ser honesto e transparente nas mensagens. 

Técnicas de persuasão, explicam eles, precisam ser utilizadas para agregar valor, jamais para enganar. A ética fortalece a reputação da marca e contribui para fidelizar clientes.

 
12/12/2024 - Traduzir, criar imagens e mais: quais tarefas do dia a dia o Meta AI no WhatsApp consegue fazer

Sabe a inteligência artificial que está no seu WhatsApp (no circulo azul e rosa)? Ela também está disponível no Instagram, no Facebook e, também, pode ser usada no navegador, assim como o ChatGPT, o Copilot (Microsoft) e o Gemini (Google). 

Meta AI, assistente de inteligência artificial da empresa de Mark Zuckerberg, começou a ser disponibilizado em outubro nas redes sociais da empresa. Assim como as IAs rivais, o Meta AI pode auxiliar em tarefas como elaboração de textos, planejamento de atividades e criação de imagens. 

Lembrando que, embora a IA possa te auxiliar em tarefas complexas e agilizar alguns trabalhos, ela ainda pode fornecer dados errados. Por isso, é sempre importante checar em fontes confiáveis as informações que o Meta AI compartilha.

Confira abaixo algumas tarefas em que ela pode ser útil no dia a dia.

???? Criação de textos

O Meta AI também pode auxiliar em construções textuais. Segundo a própria IA, ela pode criar artigos curtos, poemas, diálogos, biografias e roteiros. A tecnologia também pode fazer revisão de texto, correções gramaticais, além de sugerir palavras e ajudar na organização de ideias. Veja alguns exemplos de comandos: 

  1. Desenvolva uma breve biografia de 200 palavras sobre a vida e legado de Marie Curie, destacando suas conquistas científicas, desafios pessoais e contribuições para a história das mulheres na ciência.
  2. Crie um diálogo entre dois amigos sobre uma viagem para a Europa. Eles precisam decidir quais países e quais pontos turísticos visitarão. 
  3. Escreva um roteiro de 5 minutos para um vídeo institucional sobre uma ONG que ajuda crianças carentes, incluindo: introdução emocionante, entrevista com um beneficiário, apelo à doação e fechamento emocionante.

 

???? Receitas 

Assim como outras IAs, o Meta AI pode auxiliar na cozinha fornecendo dicas de receitas, incluindo opções de pratos veganos e vegetarianos, sem glúten ou lactose e para ocasiões especiais, como Natal e Ano Novo. 

Segundo a própria inovação da Meta, alguns exemplos de receitas que ela pode fornecer ao usuário são bolo de chocolate, feijoada, lasanha, tacos, churrasco, paella, quiche e sushi. Alguns exemplos de comandos:

  1. Preciso de uma receita simples de feijoada vegetariana para 4 pessoas. 
  2. Me dê uma receita de bolo de chocolate sem glúten e sem lactose, com opções de substituição de ingredientes e dicas para uma textura perfeita.
  3. Crie uma receita de salada de frutas tropical para 6 pessoas. 

 

???? Educação e aprendizado

 

Na parte educacional, o Meta AI afirma que pode auxiliar em explicações sobre matemática, física, química, geografia, biologia e história. A IA também pode resumir capítulos de um livro, por exemplo, e aplicar simulação de provas para auxiliar nos estudos. 

Agora, se você está aprendendo um novo idioma, a tecnologia pode ser usada para treinar sua nova habilidade. Por exemplo, segundo a IA, ela consegue fazer a tradução de palavras e frases, simular conversação e ajudar com gramática e sintaxe. Veja 

  1. Resuma o Capítulo 10 do livro "The Lord of the Rings" de J.R.R. Tolkien, destacando os principais eventos e desenvolvimentos dos personagens. 
  2. Converse comigo em inglês como se estivéssemos em um café, discutindo sobre viagens e lugares favoritos.
  3. Simule uma prova de História do Brasil com 8 questões objetivas sobre o Período Colonial. Forneça as questões, opções de resposta e respostas corretas.

 

Planejamento 

 

A inteligência artificial da Meta pode ajudar a organizar tarefas rotineiras, como criar uma organização de compras mensais, de refeições para a sua semana, de rotina de exercícios e de estudos para uma prova. 

Ela também afirma auxiliar em planejamentos mais complexos: organização de festas e casamentos, de viagens, das suas finanças, de gestão do tempo e até de desenvolvimento profissional. 

  1. Crie um plano de viagem para uma semana em Paris, incluindo itinerário diário, principais pontos turísticos, opções de hospedagem e restaurante e orçamento estimado para 2 pessoas. 
  2. Crie um plano de desenvolvimento profissional para uma pessoa do marketing, incluindo objetivos de curto e longo prazo, cursos ou treinamentos e metas de crescimento salarial.
  3. Crie um plano de casamento para 100 convidados, incluindo orçamento estimado, escolha de local e data, opções de buffet e bebidas e sugestões de decoração e música.

 

 

???? Criação de imagens

 

Segundo a IA, ela pode gerar imagens simples, como um cartão de feliz aniversário, uma imagem de uma flor específica ou o desenho de um objeto. As ilustrações geradas pelo Meta AI contêm marca d'água para indicar que foram criadas por IA; ela fica no canto inferior esquerdo da arte. 

?? Mas atenção: assim como outras tecnologias do tipo, o Meta AI pode apresentar inconsistências em algumas imagens geradas, como no caso abaixo em que todas as pessoas saíram com "defeito" nas mãos e braços. 

Veja três exemplos de comandos: 

  1. Crie uma imagem de diagrama de um sistema solar, incluindo os planetas principais, suas órbitas e o Sol no centro.
  2. Crie uma imagem de uma paisagem de praia ao pôr do sol, com palmeiras, ondas suaves e um barco à distância.
  3. Ilustre um personagem de história em quadrinhos: uma superheroína com cabelos curtos, máscara preta e capa vermelha, em uma pose heroica.
 
11/12/2024 - Como blindar sua conta e não cair em golpes

Por dia, são dezenas de e-mails, SMS e mensagens pelo WhatsApp e nas redes sociais com uma única meta: tomar o seu dinheiro. São avisos de multas no Detran e você nem dirige. Alertas de um banco no qual você não tem conta. SMS com o aviso sobre um boleto de uma compra que você não fez. Vencimento dos pontos do programa de milhas que nunca existiu.  

Apesar dos alertas intensificados das instituições financeiras, os golpistas se mostram cada vez mais criativos e ágeis no acesso a novas tecnologias com o objetivo de abordar quem tem um cartão de crédito, conta corrente ou costuma fazer Pix.

Dados do estudo “Golpes com Pix”, feito pela Silverguard,empresa de proteção financeira digital, mostram que essa modalidade de transação financeira e a digitalização das finanças - 97% das transações financeiras foram feitas em canais digitais no ano passado - têm grande influência na migração do crime do off-line para o online. O levantamento mostra que os golpes digitais aumentaram 13,6% de 2022 para 2023. Já os crimes físicos apresentaram uma queda no período.

 

PIX SE TORNOU ATRAENTE

A popularização do uso do Pix e a digitalização das finanças estão levando o crime no Brasil a migrar do offline para o online. Entre 2022 e 2023, os golpes digitais aumentaram quase 14%, enquanto os crimes físicos decresceram.

As principais categorias de golpes, segundo o estudo da Silverguard, vêm de algum tipo de engenharia sócia. A rápida adesão dos brasileiros ao Pix, que já responde por 45% das transações financeiras (dado do segundo trimestre de 2024) se tornou uma “alavanca para as fraudes do tipo APP (sigla para authorised push payment), como são chamados os golpes em que o próprio usuário, enganado por uma história muito convincente, acaba transferindo dinheiro diretamente para o fraudador”, analisa a consultoria.

Na maioria dos casos, cita o estudo, os golpes são “armadilhas sofisticadas de engenharia social, reinventadas a cada três meses, impondo um desafio no setor de se manter atualizados das táticas do momento.”

Luiz Ramalho, fundador da fintech Magie, ilustra os assédios mais comuns. “Os golpistas contam alguma história em que a vítima precisa desembolsar valores, se passando por um parente, fazendo uma venda fraudulenta ou oferecendo investimento. A própria vítima costuma transferir os valores”. Existe também, acrescenta o executivo, a categoria de roubos e furtos, em que o dispositivo da vítima ou aplicativo é acessado.

Como explica Marcos Nicolau, diretor de antifraude do Efí Bank, os golpes de engenharia social, em geral, possuem muitas variações. Muitas delas podem envolver a utilização indevida do Whatsapp e/ou de marcas famosas. “O que os golpistas buscam é, de alguma maneira, ter acesso à vítima, por meio de aplicativos de mensagens, e-mail ou qualquer outro meio e, uma vez acessada, coleta informações ou engana a vítima a realizar transações, por meio de histórias falsas bem elaboradas”, detalha.

 

VIGILÂNCIA PERMANENTE

A rapidez com que surgem novas formas de abordar as pessoas para chegar ao seu patrimônio torna a necessidade de uma vigilância permanente. Como lembra Ramalho, muitas vezes as “iscas” se confundem com os e-mails e mensagens oficiais de banco. “Por isso, o ponto de partida é sempre confiar apenas em canais oficiais de comunicação e jamais compartilhar senhas e acessos”, resume.

Nicolau reforça a importância de não se confiar em qualquer link enviado por mensagens e sempre acessar o banco pelo aplicativo ou site oficial. O diretor da Elí Bank orienta ainda que as pessoas priorizem as compras online em lojas conhecidas para assim evitar os sites criados por golpistas, que poderão clonar os dados do cartão usado no pagamento da compra.

“Ative nos aplicativos que acessa, principalmente os financeiros, a autenticação em dois fatores (2FA), que oferece uma camada a mais de proteção, principalmente em momentos de realizar logins. Além disso, fique atento aos erros de digitação ou de português nas mensagens recebidas. Em caso de dúvidas, entre em contato diretamente com o banco, nos canais oficiais apresentados nos sites e aplicativos oficiais”, sugere o executivo do Efí Bank.

Segundo análise trazida no Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, referente a 2023, as novas tecnologias têm permitido aos criminosos virtuais aplicarem golpes em um volume muito maior. “A partir de uma base de dados de telefones, por exemplo, eles podem criar robôs para enviar mensagens que busquem ludibriar literalmente milhões de vítimas em potencial.”

Quem cai em golpes muitas vezes prefere não levar o assunto adiante, o que se reflete em números subestimados em relação ao tamanho real do problema no Brasil. Com medo de serem julgadas como ingênuas, as vítimas optam pelo silêncio. Mas Ramalho, da Magie, explica que há outros fatores que aumentam o êxito da abordagem.

“Vai muito de quanto o processo de engenharia social se conecta com a vítima. Olhando para classe social, por exemplo, muda um pouco o perfil do golpe. Nas classes A e B, o investimento falso costuma ser o golpe que causa mais prejuízo. Já nas classes C, D e E, é emprego ou renda extra”, exemplifica.

 

12 DICAS

Além das instituições financeiras, a própria Federação Brasileira de Bancos (Febraban) tem reforçado a importância de os brasileiros protegerem seu patrimônio do assédio de criminosos. A entidade listou 12 recomendações para quem quer se proteger.

1 - Golpe do Pix Errado

O que é? O golpista envia um Pix para a conta da vítima e, na sequência, manda mensagem ou liga avisando que houve um engano na transação, por isso deve ser feita a devolução. Só que a chave Pix passada é de uma terceira conta. Assim que a vítima devolve o dinheiro, o criminoso aciona o MED (Mecanismo Especial de Devolução) para tentar obter de volta o Pix enviado originalmente. Se der certo, ele fica com o dinheiro da vítima e o valor inicial usado na operação.

Como evitar? Se receber o pedido de estorno do Pix, o cliente deve fazer a transação apenas para a conta original de onde o dinheiro saiu, usando o app do banco, na funcionalidade referente a esse meio de pagamento.

2. Golpe da Falsa Centra de Atendimento

O que é? A vítima recebe uma ligação do fraudador, que se passa por funcionário do banco ou empresa, e fiz que sua conta foi invadida ou clonada. O passo seguinte é solicitar os dados pessoais e financeiros ou ainda pedir para que a pessoa ligue no número da central da instituição financeira que consta atrás do cartão. No entanto, o fraudador segue na linha para simular o atendimento da central e pedir os dados da conta, dos cartões e a senha quando for digitada pelo cliente.

Como evitar? Se receber um telefonema com essas características, o cliente deve desligar imediatamente e, de outro telefone, ligar para o número oficial do banco, que consta atrás do cartão.

3. Golpe do Falso Motoboy

O que é? O cliente recebe uma ligação do golpista se passando por funcionário do banco e com a informação de que o cartão foi fraudado. Na sequência, é pedida a senha e informado que o correntista deve cortar o plástico, mas sem danificar o chip, que será retirado na sua casa por um motoboy. Com o chip preservado, o plástico é usado em compras e para se apropriador do dinheiro disponível.

Como evitar? Os bancos não adotam esses procedimentos. Por isso, desligue o telefone porque se trata de um golpe. Em hipótese alguma entre o cartão para qualquer pessoa.

4. Golpe da Troca de Cartão

O que é? Golpistas se passam por vendedores e troca o cartão da vítima por um outro assim que ela digita a senha para fazer o pagamento. Com o cartão e a senha em mãos, eles rapidamente começam a fazer compras. O comportamento é parecido no caso de criminosos que oferecem ajuda para usar o caixa eletrônico, espiam a senha durante a operação e substituem o plástico.

Como evitar? Vai pagar com o cartão físico? Sempre confira o valor na tela da maquininha, cheque se o cartão devolvido é o seu e não o dê nas mãos de ninguém, nem mesmo na hora dele ser usado.

5. Golpe da Maquininha Quebrada

O que é? O golpe do delivery tem algumas variações e começa quando o cliente faz um pedido por aplicativo e, no momento da entrega da mercadoria, é oferecida uma maquininha com o visor danificado. Ou ainda o criminoso se posiciona de uma maneira que a vítima não consiga ver o valor cobrado na tela – bem superior ao da compra. O prejuízo só é percebido depois, quando já for tarde demais. Outra forma de assediar é com o motoboy informando que houve problema no pagamento. Ele diz que precisa cobrar novamente para quitar, por exemplo, um frete adicional inventado por ele. Claro que a cifra é bem maior. Os bandidos podem ainda simular uma ligação a partir de uma falsa central e informar que houve problema na cobrança no cartão, solicitando os dados de cobrança do correntista.

Como evitar? Não passe seu cartão em maquininha com tela defeituosa porque é golpe e se recuse a pagar qualquer taxa extra caso você tenha feito o pagamento.

6. Golpe do Falso Leilão

O que é? São criados sites faltos de leilão com anúncios de mercadorias com valores bem abaixo do encontrado. Depois, os golpistas pedem transferências, depósitos ou o pagamento por Pix para garantir a compra. A conversa costuma alertar para a urgência de se fechar negócio para não perder a oportunidade. Os produtos nunca são entregues, o dinheiro não é devolvido e os fraudadores ainda podem aplicar novos golpes com os dados da vítima, como CPF e número da conta.

Como evitar? Não acredite em sites de leilões com preços muito abaixo do que vê no mercado. Pesquisa antes o nome da empresa, os sites de reclamação e o CNPJ do leiloeiro. Vale ainda checar se o site tem um cadeado no canto superior esquerdo do navegador, que mostra se é seguro. Nunca faça transferências para contas de pessoas físicas.

7. Golpe do WhatsApp

O que é? O golpista consegue o número do celular e o nome da vítima. A partir dessas informações, o criminoso tenta cadastrar o WhatsApp da vítima no seu smartphone. Para concluir a operação, é necessário inserir o código de segurança enviado pelo aplicativo por SMS. Para ter acesso, o fraudador envia uma mensagem pelo WhatsApp e finge ser do Serviço de Atendimento ao Cliente do site de vendas ou da empresa em que a vítima tem cadastro. Ele pede o código de segurança, diz ser uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro, e a partir daí é possível replicar a conta do WhatsApp em outro aparelho, com todo o acesso a conversas e contatos. O golpe segue com o envio de pedido de dinheiro emprestado via Pix aos nomes da agenda sob o pretexto de alguma urgência.

Como evitar: comece nas configurações do seu WhatsApp, clique em CONTA e, na sequência, em CONFIRMAÇÃO EM DUAS ETAPAS, habilite a funcionalidade. A barreira dificulta a ação de bandidos. Vale ainda deixar a foto do perfil visível apenas para os contatos para evitar que ela seja usada no golpe. Em nenhuma hipótese compartilhe qualquer código de segurança. Se receber mensagem de algum amigo ou parente com pedido de dinheiro com urgência, certifique-se sobre a sua identidade.

8. Golpe do link falso?

O que é? A fraude eletrônica conhecida como phishing, ou “pescaria digital”, busca ter as senhas e os dados da vítima. Normalmente os ataques são feitos por meio de mensagens via e-mail, SMS, apps de mensagens (como WhatsApp), redes sociais que leva, o usuário a clicar em links maliciosos. Há ainda o uso de páginas faltas na internet que levam a vítima a revelar senhas e dados pessoais. Os fraudadores se passam por bancos e as mensagens tratam de supostas irregularidades, despesas acima do limite no cartão, atualização do token ou a existência de um novo software de segurança da instituição financeira.

Como evitar? O que parece ter como remetente o seu banco mandou um link? Ou então um desconhecido? Não clique. Sempre que for usar no cartão na internet confira o endereço no site para saber se é verdadeiro. Fique de olho em lojas online desconhecidas, não use computadores públicos para fazer alguma compra e não passe nenhum código recebido a outra pessoa.

9. Golpe do Acesso Remoto ou Mão Fantasma

O que é? No golpe, o fraudador entra em contato, se passa por funcionário do banco, diz que há movimentações suspeitas na conta da vítima e alerta que pode ter havido uma invasão ou clonagem. Para resolver a situação, o criminoso diz que é preciso instalar um app que, sem o cliente saber, dará a ele o acesso a todos os dados do celular.

Como evitar? Se alguém o procurar e disse quer é preciso instalar um app no celular, desligue imediatamente. Certamente não se trata de uma chamada feita pelo banco. Depois, procure um canal oficial da instituição financeira.

10. Golpe do Falso Empréstimo

O que é? Os criminosos se passam por uma instituição financeira e anunciam na internet a oferta de crédito em condições bem atraentes. A vítima preenche um cadastro no falso site e, com esses dados, é enviado um suposto contrato com uma série de multas para inibir a desistência. O falso empréstimo só é liberado com o pagamento de taxas e impostos, que não passam de uma forma de os golpistas embolsarem o dinheiro da vítima.

Como evitar? Não caia nessa. As linhas de crédito não dependem do pagamento antecipado para a liberação ou algum tipo de transferência para a confirmação do contrato. Desconfie da promessa de empréstimos com taxas muito abaixo da média de mercado.

11. Golpe do falso investimento

O que é? A promessa no contato do golpista é de investimentos com retornos rápidos e lucros muito vantajosos. Conforme os depósitos sobem e o valor interessa para o golpista, ele desaparece sem retornar o último investimento prometido.

Como evitar? A premissa é simples: Não existe dinheiro fácil. Promessa de ganho expressivo em pouco tempo é golpe, portanto, não faça nenhuma transação se alguém se aproximar com esse tipo de conversa.

12. Golpe da Restituição do Imposto de Renda

O que é? Ao se passarem por funcionários da Receita Federal, os criminosos criam um e-mail e dizem que a vítima pode sacar a restituição do Imposto de Renda. Basta clicar no link e seguir o passo a passo. É o suficiente para que as informações fiquem disponíveis para os criminosos.

Como evitar? A Receita Federal não manda e-mail ou mensagem, então não clique em nenhum link. Está em dúvida? Acesso o site do governo federal.

Fonte: Febraban

CELULAR É PORTA DE ENTRADA

A disseminação do uso do celular entre a população brasileira trouxe também novas possibilidades para os criminosos. A mudança de comportamento tem influenciado as estatísticas de segurança no país.

Como destaca o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado recentemente, até 2022, o roubo era a modalidade mais comum para subtração de celulares. Porém, a partir de 2023, pela primeira vez houve mais furtos do que roubos. Entre 2018 e 2023, enquanto os roubos de celular tiveram queda de 21%, os furtos de celular tiveram crescimento de 13,7%.

Esse comportamento, ainda segundo o levantamento, pode ter relação com a tática entre os criminosos de tomar das mãos das vítimas os aparelhos desbloqueados. Sem a barreira do bloqueio e com o dono do celular sob ameaça, fica mais fácil ter acesso a senhas e chegar aos aplicativos dos bancos.

“(Os celulares) são a porta de entrada mais fácil do crime organizado para uma série de outras modalidades delituosas que estão a financiar e aumentar o poder das organizações criminosas, a exemplo dos estelionatos e golpes virtuais”, detalha o texto.

 


SOBRE A AUTORA

Paula Pacheco é jornalista old school, mas com um pé nos novos temas que afetam, além do bolso, a sociedade, como a saúde do planeta.

 
10/12/2024 - Entenda o projeto que regulamenta a inteligência artificial no Brasil; votação deve ser hoje no Sena

O projeto de lei que regulamenta o desenvolvimento e uso da inteligência artificial (IA) no Brasil deve ser analisado nesta terça-feira no plenário na próxima semana. A proposta determina uma série de regras que devem ser seguidas pelas empresas no setor e estabelece como será feita a supervisão da tecnologia. 

Uma das principais novidades é a criação do Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial (SIA). Caberá ao SIA estabelecer regulações posteriores e fiscalizar o cumprimento das regras.

Entenda, a seguir, os principais pontos do projeto. 

 

Supervisão do sistema

Quem fará a supervisão da IA no Brasil será o Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial (SIA), formado por:

  • Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) (coordenadora);
  • Outros órgãos do Poder Executivo;
  • Conselho Permanente de Cooperação Regulatória de Inteligência Artificial (CRIA);
  • Comitê de Especialistas e Cientistas de Inteligência Artificial (CECIA).

 

 

Multas

Em caso de descumprimento das regras estabelecidas, o projeto prevê uma série de sanções. As puniçoes são: 

  • Advertência;
  • Multa (máximo de R$ 50 milhões ou 2% do faturamento);
  • Suspensão do sistema;
  • Proibição de tratamento de bases de dados.

 

 

Alto risco

O projeto define tecnologias consideradas de alto risco, que terão uma regulação reforçada. São sistemas que podem causar danos às pessoas ou à sociedade. Classificação, além da definição de inclusões futuras, será feito pelo SIA, com participação social 

Exemplo de alto risco: 

  • Seleção de estudantes;
  • Recrutamento de vagas de emprego;
  • Concessão de serviços públicos;
  • Gestão da imigração;
  • Avaliação de chamadas para serviços públicos essenciais;
  • Veículos autônomos;
  • Sistemas de identificação biométrica.

 

O que ocorre com sistemas de alto risco: 

Devem ser submetidos a regras mais rígidas de governança, monitoramento e fiscalização 

Empresas que desenvolvam ou utilizem sistemas de alto risco terão algumas obrigações, como a realização de testes para a avaliação de segurança e implementação de medidas para mitigar e prevenir vieses discriminatórios. Já os órgãos públicos, quando adotarem essas ferramentas, terão que possibilitar ao cidadão o direito à explicação e revisão humanas de decisão por sistemas de IA. 

Os algoritmos de redes sociais chegaram a entrar na lista dos sistemas de alto risco, mas foram removidos durante a tramitação. Além disso, foi incluído um parágrafo que toda a regulação de "circulação de conteúdo online e que possam afetar a liberdade de expressão, inclusive o uso de IA para moderação e recomendação de conteúdo" será feita em outra lei. 

 

O que não pode

Alguns sistemas serão proibidos, são eles: 

  • Armas autônomas;
  • Ferramentas usadas para pelo Poder Público para avaliar, classificar ou ranquear as pessoas para o acesso a bens e serviços;
  • Avaliação de risco de cometimento de crime.

 

 

Direito autoral

Outro ponto importante é sobre a proteção dos direitos autorais. Quando um conteúdo protegido for utilizado para o treinamento e desenvolvimento de ferramentas de IA, será preciso remunerar os titulares das obras. O cálculo desse pagamento será feito com base nos princípios da "razoabilidade e da proporcionalidade" e levando em consideração o porte da empresa de IA e o impacto na concorrência. A empresa também deverá informar de forma pública quais foram os materiais utilizados. 

Não haverá desrespeito ao direito autoral se os conteúdos protegidos forem utilizados para desenvolver um sistema de IA para ser utilizado por organizações e instituições científicas e de pesquisa, museus, arquivos públicos e bibliotecas. Para isso, contudo, é preciso que a ferramenta não tenha fins comerciais, que o acesso tenha se dado de forma lícita e que a utilização não prejudique a exploração normal das obras originais. 

 

Emprego

Os órgãos do SIA terão que atuar em conjunto com o Ministério do Trabalho para mitigar os potenciais impactos negativos aos trabalhadores, potencializar os impactos positivos e fomentar programas de treinamento. 

 

O projeto não se aplica para todos os sistemas. Ficam de fora: 

  • Testagem e desenvolvimento de novas sistemas;
  • Defesa nacional;
  • Uso particular e não econômico.

 

A proposta traz alguns pontos para incentivar a inovação, como a previsão de que empresas de pequeno porte terão regras diferenciadas. O SIA também terá que promover uma regulação simplificada para o incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica.

 
 
fonte
 
   
       
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